Licenciamento ambiental seguro impulsionou leilão do aeroporto de Foz do Iguaçu

03/05/2021
O licenciamento ambiental emitido pelo Instituto Água e Terra foi fundamental para que o aeroporto de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, entrasse para o programa federal de privatização do setor de aviação. O leilão do empreendimento ocorreu em abril. O diretor de Licenciamento e Outorga do Instituto, José Volnei Bisognin, informou que o processo de licenciamento ambiental, realizado com segurança jurídica e técnica, foi essencial para que o aeroporto tivesse a indicação de privatização do setor de aviação. // SONORA JOSÉ VOLNEI BISOGNIN. // A pista do aeroporto ganhou 664 metros de extensão. Com isso, tornou-se a maior em aeroportos do Sul do Brasil. A ampliação vai permitir um maior fluxo de voos internacionais, que poderão decolar com mais segurança. Consequentemente, é esperado que a ampliação aumente o turismo na cidade. A obra integra um pacote de investimentos estratégicos da Itaipu no Oeste do Paraná que, em parceria com o Governo do Estado, busca acelerar o desenvolvimento da região. Pelos impactos sociais gerados pelas intervenções, o órgão ambiental estadual recomendou uma série de compensações ambientais a serem implantadas. A Infraero, que administrava o aeroporto internacional de Foz do Iguaçu até o leilão, já iniciou o plantio de 25 hectares com mudas nativas. O cumprimento do plantio e o acompanhamento do crescimento das árvores vai ser monitorado pelo IAT. Como medidas de mitigação dos impactos sociais provocados pelas obras, o IAT também requereu programas de monitoramento e sugeriu formas de ampliar os efeitos benéficos das interferências de natureza positiva. O objetivo é prevenir, controlar e compensar os impactos ambientais. Para a emissão da Licença Prévia, a Infraero precisou, além de outros documentos, apresentar o Relatório Detalhado dos Programas Ambientais com todos os programas propostos no Relatório Ambiental Simplificado. O aeroporto de Foz do Iguaçu foi leiloado junto com três outros terminais paranaenses: o Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba; o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e o Aeroporto de Londrina. O Bloco Sul, do qual os terminais paranaenses fazem parte, foi arrematado pelo valor de 2 bilhões e 128 milhões de reais. O lance foi dado pela Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR. O Aeroporto de Foz do Iguaçu é um dos que receberá maior investimento, na casa de 512 milhões e 300 mil reais. Segundo o edital, ele deve crescer 4% ao ano a partir de 2025, o que vai aumentar o número de voos internacionais. (Repórter: Marcelo Galliano)