Lepac e Hospital da UEM são referências no combate à tuberculose na região Noroeste

25/03/2024
A tuberculose tem vacina, tratamento e cura, mas ainda mata milhares de pessoas por ano no mundo. Na região Noroeste do Paraná, o trabalho para prevenção e conscientização sobre o tema passa pelo Lepac, Laboratório de Ensino, Pesquisa e Análises Clínicas da Universidade Estadual de Maringá, que é referência no diagnóstico da doença. O Lepac tem convênio com o Governo do Estado para atendimento aos 30 municípios da 15ª Regional de Saúde, mas nos casos suspeitos de tuberculose, o laboratório faz exames para toda a macrorregião, que totaliza 115 municípios. Somente em 2023 foram mil 604 Testes Rápidos Moleculares. Quase 10% do total tiveram resultados positivos. O tratamento aos positivados ocorre em outra frente de atuação da UEM no combate à tuberculose, o Hospital Universitário Regional. Referência no tratamento de diversas infecções, o hospital atendeu 119 casos suspeitos de tuberculose em 2023. Destes, 27 foram inicialmente confirmados e 19 tiveram alta, além de dois abandonos, uma morte e cinco mudanças de diagnóstico. Outra preocupação dos profissionais do hospital é garantir que o tratamento seja correto e completo. A melhora nos sintomas durante os primeiros dias de medicação pode levar pacientes a interromperem o tratamento de forma precipitada. Essa atitude pode aumentar a resistência das bactérias, diminuindo as chances de cura. O teste rápido é capaz de detectar o DNA da bactéria causadora da doença diretamente na amostra de escarro do paciente. O resultado fica pronto em cerca de duas horas. No Lepac, a amostra é analisada pelo GeneXpert, equipamento cedido ao laboratório pelo Ministério da Saúde, em 2018. O dispositivo oferece alta sensibilidade para detecção da tuberculose e maior rapidez na liberação do resultado em comparação com o exame de baciloscopia. Segundo a professora do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e coordenadora do Lepac, Regiane Scodro, o método automatizado contribui para o início mais rápido do tratamento.// SONORA REGIANE SCODRO.//

Um desafio para os profissionais do laboratório são os casos assintomáticos da doença. Para esses casos, o Lepac implantou, em 2022, o exame IGRA, teste realizado no sangue do paciente. O método identifica o componente da resposta imunológica do organismo infectado e, por isso, permite maior precisão no diagnóstico dos casos assintomáticos. (Repórter: Felippe Salles)