Lançado em 2019, Voe Paraná conecta cidades, gera negócios e triplica operação aérea no Estado
07/04/2022
Por 20 anos, a empresária Maria Rodrigues de Melo viajava semanalmente de União da Vitória a Curitiba para acompanhar o trabalho na filial da sua empresa de advocacia. Uma rotina que incluía acordar de madrugada, dirigir 245 quilômetros entre os municípios, enfrentar trânsito e ainda torcer para chegar a tempo de tratar dos negócios. Mas com o Programa Voe Paraná, ela conta que isso mudou.// SONORA MARIA RODRIGUES DE MELO.//
Criado em 2019, o Voe Paraná mudou o cenário aeroportuário do Estado. O número de aeroportos com operações regulares passou de seis, em 2018, para 20 em janeiro deste ano. Juntos, eles oferecem 61 rotas regionais que conectam cidades de todo o Paraná com o Aeroporto Internacional de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, e algumas chegam até Caçador e Florianópolis, em Santa Catarina. A expansão programada para acontecer em 2020 foi prejudicada pela pandemia e o programa foi suspenso por mais de um ano. A retomada aconteceu no segundo semestre de 2021, com as linhas da empresa Aerosul de Apucarana para Curitiba, Arapongas para Caçador, Curitiba para Caçador/Londrina/Florianópolis e de Pato Branco para Arapongas/Curitiba/Caçador/Londrina/São Miguel do Oeste. Em dezembro de 2021, depois de uma negociação direta feita pelo governo estadual, a Azul Linhas Aéreas voltou a oferecer voos regulares ligando Curitiba às cidades de Toledo, Guarapuava, Pato Branco e Ponta Grossa. Em janeiro deste ano entraram em operação dez novas linhas da empresa sub-regional da Azul, conectando Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio, União da Vitória e Umuarama à capital paranaense. Esses voos permitem que os clientes do Interior do Estado se conectem a outros destinos do Brasil inteiro oferecidos pela Azul a partir do aeroporto de São José dos Pinhais. Ainda neste semestre, outra rota do Voe Paraná será inaugurada: Paranavaí-Curitiba, com três voos semanais. Para viabilizar os voos em Paranavaí, vão ser realizadas obras de recape asfáltico da pista do aeródromo municipal Edu Chaves. São cinco milhões e 360 mil reais de investimento, sendo cinco milhões do Estado e o restante de contrapartida do município. No final de janeiro, a dona de casa Dalva Fernandes Costa, que voltava para Curitiba depois de visitar a família em Apucarana, comprou a sua passagem três dias antes de viajar. Ela não sabia que era possível fazer a viagem de avião, já que a linha tinha acabado de inaugurar.// SONORA DALVA FERNANDES COSTA.//
O professor da Escola de Negócios da PUC-PR, Carlos Augusto Fontanini, que foi visitar os pais em Apucarana, decidiu experimentar a nova rota da Azul e aprovou.// SONORA CARLOS AUGUSTO FONTANINI.//
As linhas aéreas regionais também abrem uma gama de oportunidades de negócios nos municípios, com viagens para compras e turismo. Além disso, são uma vantagem considerável para as empresas que estudam investir no Paraná. O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou que o programa faz parte da estratégia do Governo do Estado de transformar o Paraná em uma central logística da América do Sul.// SONORA RATINHO JUNIOR.//
O programa leva voos para perto de grandes cidades do Interior e facilita a conexão com tantas outras que são fundamentais para o crescimento do Estado e que reúnem empresas gigantes como Medianeira/Lar, Palotina/C.Vale, Ortigueira/Klabin, Rolândia/JBS, Assis Chateaubriand/Frimesa. A concretização das operações aéreas regionais se deve a uma parceria do Governo do Estado com a Azul. As companhias Gol e LATAM também mantêm operações regulares grandes no Estado. E o trabalho continua para viabilizar a expansão do Voe Paraná. A Invest Paraná já iniciou conversas com companhias aéreas locais e globais para ampliar ainda mais o número de linhas e conexões regionais e colocar em operação outros aeroportos no Estado. Uma possibilidade que está sendo negociada desde o ano passado é um voo direto entre Paraná e Emirados Árabes Unidos. As conversas com executivos da Emirates Airlines começaram em outubro, durante a Expo Dubai. Atualmente, a empresa mantém com o Brasil a rota São Paulo-Dubai. Foz do Iguaçu seria uma das candidatas para uma nova linha por ser um destino turístico nacional. Outras conquistas também já começaram a surgir a partir da concessão de quatro aeroportos para a iniciativa privada. A CCR já assumiu o controle dos terminais de Foz do Iguaçu, Londrina, São José dos Pinhais e Curitiba. Nesta semana, São José dos Pinhais voltou a oferecer voos diretos para Buenos Aires, na Argentina, uma rota voltada ao mercado empresarial e ao turismo. O aeroporto internacional de Foz do Iguaçu, com a pista ampliada, também já oferece voos para Santiago, no Chile, e negocia com mais destinos internacionais. Há, ainda, obras em andamento ou já autorizadas, com recursos do Estado, para Pato Branco, Siqueira Campos, Arapongas, Cornélio Procópio, Loanda e Paranavaí reestruturarem seus terminais para alcançar novos status comercial. Cascavel e Maringá operam com aeroportos novos recém-inaugurados. Essa expansão que começou há alguns anos reúne recursos privados e públicos de diversos entes. A projeção é de investimentos de um bilhão de reais nos próximos anos. (Repórter: Felippe Salles)
Criado em 2019, o Voe Paraná mudou o cenário aeroportuário do Estado. O número de aeroportos com operações regulares passou de seis, em 2018, para 20 em janeiro deste ano. Juntos, eles oferecem 61 rotas regionais que conectam cidades de todo o Paraná com o Aeroporto Internacional de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba, e algumas chegam até Caçador e Florianópolis, em Santa Catarina. A expansão programada para acontecer em 2020 foi prejudicada pela pandemia e o programa foi suspenso por mais de um ano. A retomada aconteceu no segundo semestre de 2021, com as linhas da empresa Aerosul de Apucarana para Curitiba, Arapongas para Caçador, Curitiba para Caçador/Londrina/Florianópolis e de Pato Branco para Arapongas/Curitiba/Caçador/Londrina/São Miguel do Oeste. Em dezembro de 2021, depois de uma negociação direta feita pelo governo estadual, a Azul Linhas Aéreas voltou a oferecer voos regulares ligando Curitiba às cidades de Toledo, Guarapuava, Pato Branco e Ponta Grossa. Em janeiro deste ano entraram em operação dez novas linhas da empresa sub-regional da Azul, conectando Cianorte, Telêmaco Borba, Arapongas, Campo Mourão, Apucarana, Guaíra, Francisco Beltrão, Cornélio Procópio, União da Vitória e Umuarama à capital paranaense. Esses voos permitem que os clientes do Interior do Estado se conectem a outros destinos do Brasil inteiro oferecidos pela Azul a partir do aeroporto de São José dos Pinhais. Ainda neste semestre, outra rota do Voe Paraná será inaugurada: Paranavaí-Curitiba, com três voos semanais. Para viabilizar os voos em Paranavaí, vão ser realizadas obras de recape asfáltico da pista do aeródromo municipal Edu Chaves. São cinco milhões e 360 mil reais de investimento, sendo cinco milhões do Estado e o restante de contrapartida do município. No final de janeiro, a dona de casa Dalva Fernandes Costa, que voltava para Curitiba depois de visitar a família em Apucarana, comprou a sua passagem três dias antes de viajar. Ela não sabia que era possível fazer a viagem de avião, já que a linha tinha acabado de inaugurar.// SONORA DALVA FERNANDES COSTA.//
O professor da Escola de Negócios da PUC-PR, Carlos Augusto Fontanini, que foi visitar os pais em Apucarana, decidiu experimentar a nova rota da Azul e aprovou.// SONORA CARLOS AUGUSTO FONTANINI.//
As linhas aéreas regionais também abrem uma gama de oportunidades de negócios nos municípios, com viagens para compras e turismo. Além disso, são uma vantagem considerável para as empresas que estudam investir no Paraná. O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou que o programa faz parte da estratégia do Governo do Estado de transformar o Paraná em uma central logística da América do Sul.// SONORA RATINHO JUNIOR.//
O programa leva voos para perto de grandes cidades do Interior e facilita a conexão com tantas outras que são fundamentais para o crescimento do Estado e que reúnem empresas gigantes como Medianeira/Lar, Palotina/C.Vale, Ortigueira/Klabin, Rolândia/JBS, Assis Chateaubriand/Frimesa. A concretização das operações aéreas regionais se deve a uma parceria do Governo do Estado com a Azul. As companhias Gol e LATAM também mantêm operações regulares grandes no Estado. E o trabalho continua para viabilizar a expansão do Voe Paraná. A Invest Paraná já iniciou conversas com companhias aéreas locais e globais para ampliar ainda mais o número de linhas e conexões regionais e colocar em operação outros aeroportos no Estado. Uma possibilidade que está sendo negociada desde o ano passado é um voo direto entre Paraná e Emirados Árabes Unidos. As conversas com executivos da Emirates Airlines começaram em outubro, durante a Expo Dubai. Atualmente, a empresa mantém com o Brasil a rota São Paulo-Dubai. Foz do Iguaçu seria uma das candidatas para uma nova linha por ser um destino turístico nacional. Outras conquistas também já começaram a surgir a partir da concessão de quatro aeroportos para a iniciativa privada. A CCR já assumiu o controle dos terminais de Foz do Iguaçu, Londrina, São José dos Pinhais e Curitiba. Nesta semana, São José dos Pinhais voltou a oferecer voos diretos para Buenos Aires, na Argentina, uma rota voltada ao mercado empresarial e ao turismo. O aeroporto internacional de Foz do Iguaçu, com a pista ampliada, também já oferece voos para Santiago, no Chile, e negocia com mais destinos internacionais. Há, ainda, obras em andamento ou já autorizadas, com recursos do Estado, para Pato Branco, Siqueira Campos, Arapongas, Cornélio Procópio, Loanda e Paranavaí reestruturarem seus terminais para alcançar novos status comercial. Cascavel e Maringá operam com aeroportos novos recém-inaugurados. Essa expansão que começou há alguns anos reúne recursos privados e públicos de diversos entes. A projeção é de investimentos de um bilhão de reais nos próximos anos. (Repórter: Felippe Salles)