Instituto Água e Terra orienta sobre o resgate de animais silvestres

16/03/2020
O Instituto Água e Terra, IAT, órgão ambiental responsável pela gestão de fauna no Estado, orienta a população sobre o que fazer ao encontrar animais silvestres em áreas urbanas ou rurais. Quando possível, a melhor opção é não interferir: caso os animais estejam saudáveis e perto do local de origem, eles devem ser deixados em paz, para que tomem o rumo de casa. Se estiverem no meio da rua ou ou local de risco, a dica é estimular que o bicho volte para o ambiente dele oferecendo frutas ou o empurrando, de forma delicada, com uma vassoura, por exemplo. Em alguns casos, o animal pode parecer abandonado, principalmente filhotes, mas ele pode estar apenas esperando a mãe buscar alimento, algo que pode demorar mais de um dia. Por isso, antes de agir, é preciso observar a situação com calma. A bióloga e chefe do Setor de Fauna do Instituto Água e Terra, Paula Vidolin, orienta as pessoas a analisarem o cenário. // SONORA PAULA VIDOLIN //
Caso o animal esteja longe do local de origem, ferido, fraco ou abandonado, a ajuda humana é necessária. A orientação é colocar o bicho dentro de uma caixa de papelão com furos para permitir a respiração, e, então, levar até um órgão ambiental competente. No caso de animais que representem perigo, como uma onça, por exemplo, o resgate deve ser feito por órgãos ambientais. O contato com o IAT pode ser feito pelo telefone 41 3213-3465, mas também podem ser procuradas as unidades regionais do IAT e de outros órgãos ambientais. A coordenadora do Projeto Onças do Iguaçu, Yara Barros, reforça que tão importante quanto garantir a própria segurança é avaliar a necessidade do resgate. // SONORA YARA BARROS //
O Instituto Água e Terra também apoia a campanha “Deixe o Bicho no Mato”, lançada pelo Instituto Chico Mendes. A campanha conscientiza que quando um filhote é resgatado da natureza, a mãe é privada de cuidar dele, que pode perder a chance de uma vida livre. Para o cuidado de animais resgatados, o IAT ampliou o atendimento em Curitiba por meio de um convênio com a prefeitura, que passa a receber os animais no Caf, Centro de Apoio à Fauna Silvestre. Em casos mais graves, os bichos são encaminhados pela o Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná. Existem outros Cafs no Estado e novos centros devem ser instalados pelas regionais. (Repórter: Rodrigo Arend)