Instituto Agronômico do Paraná divulga nova técnica para combater a doença do maracujá

17/05/2019
O Instituto Agronômico do Paraná, Iapar, lançou boletim técnico que detalha nova técnica para o cultivo de maracujá-amarelo, desenvolvida com o objetivo de viabilizar a produção em áreas onde ocorre a doença chamada de “endurecimento dos frutos”. A doença foi detectada pela primeira vez em território paranaense no município de Godoy Moreira, em 2014, e já está presente nos principais polos de produção do Paraná, com alto potencial destrutivo. A disseminação é rápida. Em quatro meses pode infectar todas as plantas de uma lavoura. Os últimos dados consolidados, de 2017, apontam no Paraná uma área pouco superior a mil hectares cultivados com maracujá-amarelo, com uma produção de 20 mil toneladas. Essa produção é destinada ao consumo in natura, fabricação de polpa e suco, culinária e, ainda, para a indústria farmacêutica e de cosméticos. A nova proposta tecnológica, chamada pelos especialistas de “modelo de um ciclo”, prevê o plantio das mudas após o risco de geadas, entre a segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro. O período de colheita ocorre entre os meses de janeiro a julho. Após a colheita, todas as plantas são eliminadas para um período de vazio sanitário, no mês de agosto. O objetivo dessa estratégia é reduzir a incidência do vírus nos primeiros meses após a implantação do pomar. A chave do novo modelo é a utilização de mudas maiores, com cerca de dois metros, que são produzidas de março a agosto em ambiente protegido para evitar a presença de vetores que transmitem a doença. A utilização de mudas maiores possibilita iniciar a colheita em janeiro, e é um aspecto fundamental para a viabilidade econômica deste sistema de produção. O boletim “Cultivo do maracujá-amarelo em áreas com ocorrência do vírus do endurecimento dos frutos” pode ser baixado gratuitamente do site www.iapar.br. (Repórter: Amanda Laynes)