Industrialização e tecnologia no campo impulsionam a cadeia do leite no Paraná
28/10/2024
Investimentos em novas indústrias e tecnologias no campo têm impulsionado a produção de leite e derivados no Paraná, como manteiga, queijo e creme de leite. Nos últimos cinco anos, o Estado aumentou em 18% o volume de leite industrializado, passando de 3 bilhões e 90 milhões de litros em 2018 para 3 bilhões e 650 milhões de litros em 2023. Esse avanço fez do Paraná o segundo maior produtor nacional de leite e derivados industrializados, segundo o IBGE. Esse crescimento levou o Paraná a ultrapassar o Rio Grande do Sul, que produziu 3 bilhões e 150 milhões de litros no ano passado, e reduziu em 25% a diferença para Minas Gerais, atual líder na produção nacional. O aumento da produtividade leiteira no Paraná se deve ao avanço tecnológico no campo e aos investimentos da indústria em logística e comercialização. Um diagnóstico do IDR, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, aponta melhorias na adubação, silagem, manejo intensivo e técnicas reprodutivas. Com isso, a produtividade média por vaca ordenhada no estado subiu de cerca de 10 litros diários, em 2017, para mais de 15 litros em 2023. Desde 2019, investimentos de mais de 1 bilhão e 200 milhões de reais impulsionaram a indústria de leite e derivados no Paraná. Com esses novos empreendimentos, a produção de iogurtes no estado cresceu 23% entre 2021 e 2023; o soro de leite, matéria-prima do whey, teve alta de 11%; e as sobremesas lácteas aumentaram quase 13%, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária. A expansão da cadeia do leite no Paraná vem impulsionando empregos e economia. Entre janeiro e agosto deste ano, a indústria de laticínios gerou 461 novas vagas no estado, um crescimento de quase 3,5% no estoque de empregos do setor, superior a outros grandes produtores, como Minas Gerais e São Paulo. Somente em agosto, foram 219 postos abertos, representando quase um quarto das contratações do setor no país. Hoje, o leite é a terceira principal fonte de faturamento agropecuário no Paraná, com 11 bilhões e 300 milhões de reais em 2023. Cidades como Castro e Carambeí, nos Campos Gerais, lideram a produção nacional, com volumes que representam até um terço de suas economias agrícolas. A força do setor é sustentada pelas cooperativas. Segundo o IDR-Paraná, mais da metade dos produtores do estado integra cooperativas, que destinam cerca de 50% da produção e também fornecem assistência técnica a muitos desses produtores. (Repórter: Gabriel Ramos)