Indicação geográfica impulsiona queijos de Witmarsum nos mercados nacional e internacional

24/10/2023
Em Palmeira, na Região dos Campos Gerais, está instada uma das colônias de imigrantes com um dos maiores apelos turísticos do Estado: a Colônia Witmarsum. A bela estrada que leva ao local, os diversos restaurantes, a arquitetura tipicamente germânica e a cooperativa de agricultores que leva o mesmo nome da colônia atraem muita gente. Desde 2018, o público tem um motivo a mais para prestigiar o local: dois queijos produzidos pela Cooperativa Witmarsum receberam o reconhecimento do Instituto Nacional de Propriedade Industrial e têm o selo de Indicação Geográfica: o Queijo Colonial e o Queijo Colonial com Pimenta Verde. Produzidos desde 2002, eles integram a lista de 12 queijos finos produzidos no local. Antonio Alves Chaves, gerente comercial da cooperativa, ressalta a qualidade da produção. // SONORA ANTONIO ALVES //

Ao todo, 38 cooperados fornecem o leite para a produção dos queijos. Atualmente, os queijos da Cooperativa Witmarsum estão presentes em todos os estados brasileiros e está nos planos do grupo começar a exportar seus produtos. Mensalmente, a cooperativa produz 23 toneladas de 12 tipos de queijo. Este ano, a cooperativa recebeu mais premiações. Em 2022, o Sebrae-PR organizou um evento, em Curitiba, de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas de todo o Brasil. Foram painéis, feiras, aulas, visitas turísticas e a Semana Origem, um evento gastronômico com 26 restaurantes participantes que escolheram 18 produtos de indicação geográfica para usar em suas receitas. Luis Fernando Menuci, proprietário do Happy Burger, de Curitiba, e presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes/ Seccional Paraná disse que, da lista de produtos que lhe foi apresentada na época do evento promovido pelo Sebrae-PR, viu no queijo da cooperativa Witmarsum a melhor opção. // SONORA LUIS FERNANDO //

O Bierwit, que fica na Colônia Witmarsum, é um destes restaurantes que mantém três pratos feitos à base dos queijos com IG da Cooperativa Witmarsum. Giovanna D'Aquino Smaka, uma das sócias proprietárias do estabelecimento, explica que o restaurante, aberto em 2015, sempre buscou usar produtos regionais nos preparos. // SONORA GIOVANNA D’AQUINO //

Também em Palmeira, nos Campos Gerais, outro restaurante tradicional está dando visibilidade aos produtos paranaenses com IG. Trata-se do Restaurante Girassol, que mantém uma prateleira com quase todos os produtos paranaenses que têm o selo do INPI. A proprietária, Rosane Radecki, é uma entusiasta do reconhecimento de produtos locais. // SONORA ROSANE RADECKI //

Outros dois produtos típicos de Palmeira também estão em vias de conseguir suas IGs: o queijo Purungo e o Porco Moura, uma raça brasileira que foi introduzida pelos primeiros imigrantes da região e que estava quase extinta, mas que conseguiu ser resgatada por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná. (Repórter: Victor Luís)