Ibama inicia nova fase dos estudos de impacto ambiental da Nova Ferroeste

22/04/2021
Teve início nesta semana a segunda fase do diagnóstico da fauna ao longo do traçado por onde vai passar a malha da Nova Ferroeste, projeto de um grande corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo Paraná e Mato Grosso do Sul. O estudo de impacto ambiental segue o Termo de Referência específico elaborado pelo Ibama. Nesta fase, fica autorizada a captura, coleta e o transporte do material biológico. A empresa contratada para realizar o estudo de Impacto Ambiental e do Relatório de Impacto Ambiental também está apta a realizar os levantamentos de campo. A intenção é estudar as diversas tipologias vegetais, onde ocorrem comunidades específicas da fauna silvestre. O Ibama selecionou Unidades Amostrais nas regiões mais representativas do traçado e levou em consideração a importância ambiental dos remanescentes de vegetação nativa. Todo o projeto foi desenvolvido para ter o mínimo possível de impacto socioambiental. Para o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, a sustentabilidade tem um peso muito importante em todo o projeto. Para ele, o foco é interferir o mínimo possível no meio socioambiental. // SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES.// O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo Paraná e Mato Grosso do Sul, dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. De acordo com os técnicos responsáveis pelo estudo, a construção da ferrovia terá forte impacto positivo dentro da logística nacional, diminuindo custos e ampliando a capacidade de exportação. A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países: Brasil, Paraguai e Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. A área representa 3% do PIB brasileiro. O documento aponta, entre outras vantagens, a estimativa de um aumento de 40% nas exportações de grãos e celulose com origem no Paraguai. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional autorizou o estudo que está sendo realizado por arqueólogos na área do traçado da ferrovia. Porém, a autorização dos estudos não corresponde à manifestação conclusiva do Instituto para o licenciamento ambiental, que deverá ainda passar pela aprovação da Superintendência Estadual do Mato Grosso do Sul. (Repórter: Marcelo Galliano)