IAT dispersa 50 mil sementes de palmito-juçara via aérea no Litoral

24/09/2024
O Instituto Água e Terra, IAT, promoveu a primeira ação de restauração ambiental por meio da dispersão aérea de sementes de palmeira-juçara em diferentes pontos do Litoral do Paraná. O evento-teste ocorreu no fim de semana em cinco Unidades de Conservação de Proteção Integral: Parque Estadual do Palmito, Estação Ecológica do Guaraguaçu, Estação Ecológica do Rio das Pombas, Parque Estadual do Rio da Onça e Parque Estadual da Ilha do Mel. Foram lançadas aproximadamente 50 mil sementes, obtidas como condicionante estabelecida no licenciamento ambiental de uma empresa que começou a operar na região. A iniciativa contou com o apoio do helicóptero que atende exclusivamente o órgão ambiental. Com o sucesso da ação, o escritório do IAT no Litoral, responsável pela força-tarefa, está finalizando o cronograma para novas expedições do tipo. O gerente regional do IAT na região, Altamir Hacke, explica sobre o trabalho. // SONORA ALTAMIR HACKE //

Engenheira química do escritório regional do IAT no Litoral, Luisa Serenato explica que é recorrente a prática ilegal de extração de palmito, recurso natural obtido da árvore, para comercialização. // SONORA LUISA SERENATO //

A germinação da semente do palmito-juçara é lenta e heterogênea. Por ser uma espécie plenamente adaptada a condições de sub-bosque, forma com facilidade um denso banco de sementes, ficando no aguardo de condições favoráveis de luz e umidade para seu crescimento. A juçara atinge uma altura de 10 metros a 20 metros de comprimento e demora por volta de seis anos para atingir o estágio reprodutivo. Tendo em vista essas características, a dispersão aérea de sementes é uma alternativa viável para intensificar a presença dessa árvore nos remanescentes de Mata Atlântica do Litoral paranaense. (Repórter: Victor Luís)