IAT cria metodologia para reestabelecer fauna em área incendiada mês passado

12/09/2024
O Instituto Água e Terra avançou no processo de reestabelecimento do ecossistema da área verde de Cianorte atingida por incêndio no mês passado. Três profissionais do órgão ambiental monitoram diariamente, sempre pelas manhãs, a mata de aproximadamente 100 hectares, próxima do Parque Municipal Cinturão Verde, castigada pelo fogo. O objetivo é acompanhar o comportamento da fauna no período em que os animais normalmente saem para se alimentar e intensificar práticas de educação ambiental com moradores da vizinhança para que essa “volta para casa” não seja problemática. Há avanços importantes. Aos poucos, mesmo com o cenário devastado, a vida silvestre está se reconectando com o local. A equipe já avistou macacos, quatis e aves, algumas delas em fuga das queimadas no Pantanal, como a Curicaca. O indicativo de restauração, porém, é cercado de armadilhas. A principal delas é conscientizar as pessoas de que não se pode alimentar ou dar água aos animais. A facilidade fará com que algumas espécies não queiram mais voltar ao habitat de origem, dentro da mata, adotando uma personalidade quase que doméstica, conforme explicou o chefe do escritório regional do IAT em Cianorte, Marcelo Aparecido Marques. // SONORA MARCELO APARECIDO MARQUES //

Em relação à recomposição do bioma, ela afirma que antes de qualquer ação imediata é preciso contar com a colaboração da chuva. Somente após a água, em um intervalo de 40 a 60 dias, é que os técnicos terão noção do que vai se regenerar ou não no espaço, iniciando, a partir disso, o plantio de espécies nativas. // SONORA MARCELO APARECIDO MARQUES //

O IAT estabeleceu três recomendações para quem avistar animais encontrados em áreas com fogo: Caso você aviste um foco de incêndio, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros pelo número 193, e se afastar da área para evitar acidentes. Durante a ligação, forneça o máximo de detalhes possível sobre o local e as condições do incêndio, para facilitar a atuação dos profissionais. O Paraná atravessa o período mais crítico para a ocorrência de queimadas florestais em razão do tempo seco, baixa umidade do ar e falta de chuvas. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados mais de 10 mil focos de incêndio no Estado de janeiro a agosto deste ano. Situação que fez com que o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretasse situação de emergência em por causa da estiagem. A Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável também está finalizando uma resolução técnica para mitigar os efeitos da seca no Paraná. A chuva, de acordo o Simepar, está prevista para chegar ao Estado a partir do sábado. (Repórter: Gabriel Ramos)