IAT apresenta ao setor produtivo adequações na regulamentação da suinocultura

17/06/2024
O IAT, Instituto Água e Terra, finalizou o texto de revisão da resolução que regulamenta a atividade de suinocultura no Paraná. A proposta será apresentada ao setor produtivo e entidades ligadas ao agronegócio nesta terça e quarta-feira durante evento na sede do Sindicato Rural de Toledo, na região Oeste. Chefe da Divisão de Licenciamento de Atividades Poluidoras do Instituto, Rossana Baldanzi, explica que são duas as principais adequações à legislação em discussão: a incorporação do SGAS, Software de Gestão Ambiental da Suinocultura, desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves, como ferramenta de apoio aos projetos de licenciamento do IAT, e a criação de uma tábua de controle para a destinação de dejetos suínos como fertilizantes para o solo. O SGAS possibilita, entre outras questões, que produtores realizem cálculos para determinação da excreção, oferta, perdas e concentração de nutrientes em efluentes da suinocultura, consumo de água, dimensionamento dos sistemas de tratamento dos efluentes, recomendação de adubação para reciclagem dos efluentes como fertilizantes, determinação da capacidade de alojamento de animais e demanda de áreas agrícolas. Rossana Baldanzi explica por que a revisão é necessária. //SONORA ROSSANA BALDANZI //

Em relação aos cuidados com o solo, Rossana ressalta que a métrica será definida com base em uma ampla pesquisa conduzida pelo órgão ambiental em parceria com a Universidade Federal do Paraná, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Embrapa, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná e Fundação ABC. A Chefe da Divisão de Licenciamento do IAT explica que o estudo foi financiado pelo Grupo Frimesa como condicionante ao licenciamento ambiental para a instalação do frigorífico da cooperativa em Assis Chateaubriand. Considerada a maior indústria deste setor da América Latina, a planta tem capacidade de abater 7 mil 880 suínos por dia. // SONORA ROSSANA BALDANZI //

A produção de carne suína é um dos destaques da economia paranaense. O Estado é vice-líder nacional, com 22,3% do mercado de carne de porco, atrás apenas de Santa Catarina. Foram mais de 3 milhões de animais abatidos no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento do IBGE. (Repórter: Gabriel Ramos)