Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina prioriza atendimento à população carente

25/03/2019
Desde o início deste mês, o Hospital Veterinário da UEL, a Universidade Estadual de Londrina, passou a cobrar os custos de exames das Ongs que atendem animais de rua, mantendo a gratuidade dos demais procedimentos que não resultam em despesas diretas como consultas, curativos, internamentos e até cirurgias. A mudança é resultado de decisão do Conselho Diretor do Hospital, baseado no orçamento disponível e no volume de isenções concedidas, buscando manter a gratuidade de atendimento para a população carente da região. Os exames representam um impacto financeiro direto porque implicam em pagamento de fornecedores a partir da compra de kits, de reagentes e na locação de equipamentos. A diretora do HV, Regina Mitsuka Breganó, disse que as modificações foram esclarecidas às Ongs da região que usam diariamente os serviços do hospital.// SONORA REGINA MITSUKA BREGANÓ//No ano passado, as isenções das Ongs representaram mais de 116 mil reais aos cofres do hospital, em um momento em que as instituições públicas vivenciam desafios para manter os serviços, com orçamentos reduzidos e problemas para a reposição de pessoal. A diretora Regina Mitsuka Breganó esclarece, ainda, que o Hospital Veterinário, enquanto serviço 24 horas, oferece vários tipos de isenções, beneficiando sobretudo a população carente de Londrina e região. O Hospital, de acordo com ela, acaba sendo o centro de referência no atendimento a estes animais.// SONORA REGINA MITSUKA BREGANÓ//No ano passado, foram abertos 5.641 prontuários que resultaram em 18.201 consultas. A política de atendimento da unidade também prevê um desconto total ou de 50%, conforme análise socioeconômica familiar. Para ter direito ao benefício, o proprietário precisa apresentar os boletos de água, luz e o carnê do IPTU, que são analisados pelo Serviço Social da Universidade. Além da população carente, o hospital isenta o atendimento aos animais da Polícia Militar, cães doadores de sangue e todos os casos considerados de interesse didático, ou seja, que contribuem para o ensino. Somente no ano passado, os custos com as isenções nos atendimentos chegaram a 624 mil reais. (Repórter: Priscila Paganotto)