Hospital Universitário do Oeste do Paraná oferece terapia diferenciada para casos graves de Covid-19
13/04/2021
O Hospital Universitário do Oeste do Paraná, vinculado à Unioste, submeteu três pacientes a uma terapia complexa, dois deles com Covid-19 e outro internado na UTI geral. Trata-se da oxigenação por ECMO, membrana extracorpórea, conhecida popularmente como pulmão artificial e que tem sido muito citada recentemente na mídia, despertando a curiosidade da população. De acordo com a equipe médica da instituição, a ECMO é indicada quando há um comprometimento pulmonar importante causado por uma doença aguda. Não é recomendada a todos os pacientes, exigindo uma avaliação rigorosa, equipamento específico e profissionais capacitados para o procedimento. O coordenador médico da UTI Covid-19, Thiago Giancursi, explicou que os pacientes precisam preencher alguns pré-requisitos. Um deles é ter a menor quantidade de outras disfunções orgânicas associadas, como a cardíaca ou renal, e a terapia também é mais indicada para pacientes jovens e sem comorbidades. // THIAGO GIANCURSI // No caso da Covid-19, ele explica que a avaliação deve ser cautelosa devido ao potencial da doença de causar alterações em diversas funções do organismo. // THIAGO GIANCURSI // Além de oxigenar o sangue, o tratamento também dá suporte hemodinâmico, pois ele funciona como uma bomba, devolvendo o fluxo de sangue, e isso reduz o trabalho cardíaco e facilita a recuperação. A ECMO ganhou evidência a partir dos anos 2000, mas é preciso equipamento e profissionais treinados. A terapia não é remunerada pelo SUS e por isso poucos hospitais públicos oferecem o serviço. O Hospital Universitário do Oeste do Paraná possui o equipamento em comodato, desde julho de 2020, e a empresa fornece ainda o profissional perfusionista, que é exigido durante o uso do aparelho. Já os insumos necessários são responsabilidade da instituição. (Repórter: Sérgio Aguiar)