Hackathon em Londrina marca nova fase para recuperação de mananciais da Sanepar

03/09/2019
A equipe vencedora do primeiro Hackathon Ambiental da Sanepar, em Londrina, escolheu o desafio do assoreamento do Ribeirão Cafezal para propor a solução. A maratona de desenvolvimento tecnológico, realizada pela Sanepar, Faculdade Pitágoras e UTFPR envolveu 100 alunos das diferentes habilitações em Engenharia das duas instituições de ensino no último fim de semana. O Ribeirão Cafezal é um dos mananciais de abastecimento da região Norte, mas pode trazer inspiração para melhorar as condições dos rios de todo o Paraná, segundo a gerente de Recursos Hídricos da Sanepar, Ester Mendes.
Ela explicou que a principal característica do programa Fundo Azul é o Pagamento de Serviço Ambiental ao produtor rural. A Sanepar deverá custear 30 novos projetos de recuperação de mananciais no ano que vem. O projeto Monitoramento e Mitigação do Assoreamento do Ribeirão Cafezal, vencedor da maratona deste fim de semana, foi eleito por unanimidade pelo júri composto por profissionais do saneamento e professores universitários. De acordo com o gerente-geral da Sanepar na Região Nordeste do Estado, Rafael Malaguido, a escolha considerou questões técnicas de aplicabilidade, custos e benefícios.
Cristiane Silveira, coordenadora dos cursos de Engenharia Civil e de Engenhara Ambiental da Faculdade Pitágoras, destacou que a iniciativa movimentou centenas de alunos de cursos variados e proporcionou aprendizado compartilhado.
Doze grupos participaram da disputa. Mais de 60 mentores, entre professores, profissionais da Sanepar, pesquisadores de Londrina e de outras regiões do Paraná participaram da construção das ideias. A essência do projeto vencedor é o sensoriamento via satélite para detecção de assoreamento, distinto pelo uso de inteligência artificial para identificar áreas degradadas. Além da constituição de banco de dados e projeções futuras sobre os impactos, o projeto vislumbra sensibilização do produtor rural e plano de manejo para áreas de preservação ambiental. Entre as vantagens do projeto estão a redução do volume de sedimentos no rio, com impacto positivo no tratamento de água pela Sanepar, e a diminuição da erosão do solo, com melhor aproveitamento para o plantio. Mariana Lorenço, aluna do nono período do curso de Engenharia Ambiental da UTPR, foi uma das integrantes da equipe vencedora do Hackathon. Segundo ela, varias ideias diferentes resultaram no projeto vencedor.
Também compõem a equipe Guilherme Teixeira, aluno de Engenharia Química, Gustavo Higawa e Regis Pacheco Cassino Júnior, da Ambiental, e Daniel Bellido Neves, da Civil. As três equipes melhor colocadas na competição receberam medalhas e troféus. Os ganhadores farão visita técnica a unidades operacionais e de educação ambiental da Sanepar em Curitiba. (Repórter: Wyllian Soppa)