Grupo de Trabalho discute ações para prevenção e monitoramento da nova vespa-da-madeira

29/05/2024
O GT-Deflo, Grupo de Trabalho de Defesa Florestal, reuniu-se nesta quarta-feira, na sede da Seab, Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, em Curitiba, para elaborar estratégias no monitoramento e prevenção do ataque da nova vespa-da-madeira, registrada em 2023 em plantações de pinus no Sudeste do país. A Embrapa Florestas tem monitorado a nova vespa-da-madeira desde o ano passado, em conjunto com pesquisadores de outras instituições. Também já foi realizada uma assembleia do Funcema, Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais, em abril deste ano para tratar do assunto. A pesquisadora e entomologista da Embrapa, Susete do Rocio Chiarello Penteado, explica que a introdução da espécie no Brasil é recente. // SONORA SUSETE PENTEADO //

Embora não cause problemas na sua região de origem, no Brasil a nova vespa tem atacado espécies de pinus tropicais, e principalmente em áreas de resinagem, causando a morte das árvores, como explica a pesquisadora. // SONORA SUSETE PENTEADO //

De acordo com ela, os pesquisadores já estão desenvolvendo estudos para verificar se a nova espécie pode ser combatida com o uso do Nematec, que é produzido pela Embrapa Florestas e formulado com o nematóide Deladenus siricidicola, principal inimigo natural da vespa-da-madeira. Até o momento, apenas os estados de São Paulo e Minas Gerais têm registros da praga, que tem causado muitos danos em plantios de pinus resinados. Por isso, o grupo está trabalhando na elaboração de um plano de ação para orientar produtores, compradores de madeira, empresas e entidades que atuam no setor e estabelecer estratégias para monitorar a dispersão da vespa para os plantios de pinus da região Sul do Brasil. Coordenado pela Secretaria estadual da Agricultura e do Abastecimento, o GT - Deflo reúne instituições do governo, institutos de pesquisa, universidades e associações do setor florestal. O Paraná é destaque nacional em produtos florestais. Esse setor representa aproximadamente 5% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado, segundo o Departamento de Economia Rural. (Repórter: Gabriel Ramos)