Governo do Paraná vai focar ações na agricultura familiar em 2020

30/12/2019
Depois de 50 anos vacinando o gado contra a febre aftosa, o Paraná ficou livre dessa obrigação para o rebanho de bovinos e bubalinos. Agora, análises serão feitas para ver se não há uma nova manifestação viral. Em seguida, as equipes técnicas da Organização Mundial de Saúde Animal avaliam a condição do Estado, para que em maio de 2021 o Paraná possa ser reconhecido como área livre de febre aftosa. Em um balanço sobre as ações feitas neste ano, o secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, destaca que essa foi uma grande conquista dos produtores, das entidades e do Governo do Estado.// SONORA NORBERTO ORTIGARA//
De acordo com o secretário, isso vinha travando investimentos importantes como o mega frigorífico da Frimesa, em Assis Chateaubriand, no Oeste do Estado, a expansão do frigorífico da cooperativa Capal, de Castro, nos Campos Gerais, e outros frigoríficos privados que tinham dificuldades em vender a carne para o mundo. Ele disse, ainda, que o Paraná é o Estado que mais produz proteínas animais como as carnes de porco, frango, boi e peixe, com mais de 5 milhões e 500 mil toneladas ao ano. Houve, também, uma evolução sustentada, no curto prazo, pela necessidade chinesa de importar alimentos, além de um crescimento da produção e do comércio de carne de suínos. Este ano também pode ser marcado pela retomada do Paraná pela segunda posição no ranking nacional da produção de leite e por aderir ao esforço nacional de qualificação do produto. O ano se caracterizou, também, pela retomada da discussão sanitária da soja, em relação ao fungo asiático que causa a ferrugem. Segundo o secretário da Agricultura, outra boa iniciativa foi a retomada da produção de uva, sucos e vinhos no Paraná.// SONORA NORBERTO ORTIGARA//
O secretário lembrou de um programa de revitalização da cultura de uva e de vinho lançado para elevar a produção de qualidade no Paraná. Também foi lançado o programa de irrigação e está previsto o projeto Banco do Agricultor, para baixar ainda mais o custo do dinheiro na pequena propriedade rural para os agricultores do Pronaf. Norberto Ortigara destacou os programas de apoio ao cooperativismo e ao associativismo, para que sejam formadas pequenas cooperativas, apoiadas tecnicamente, com gestores e agricultores capacitados. E foi editado um decreto regulamentando uma lei que vai exigir alimentação escolar orgânica até 2030. Uma das grandes preocupações dos agricultores é com a energia elétrica e o secretário lembrou que o Paraná se torna trifásico, para levar energia de qualidade ao meio rural paranaense. Outro planejamento, lembrado pelo secretário, é para a expansão de 30% a 40% da produção atual, pelo apoio ao pequeno agricultor de município com baixo Índice de Desenvolvimento Humano, e o incentivo da produção de peixe.// SONORA NORBERTO ORTIGARA//
O Paraná sofreu neste ano com um estresse grande no clima, que fez o produtor perder a soja e muito milho por falta de chuvas. Também teve uma geada severa que pegou parte do trigo, período seguido novamente por uma seca muito grande. Com isso, o Paraná deixou de produzir acima de 36 milhões de toneladas de grãos. Para este próximo ano, o secretário disse que por conta do ajuste fiscal, o Paraná tem condições técnicas e econômicas de contratar empréstimos bancários para fazer frente aos investimentos no meio rural, já autorizados pela Assembleia Legislativa e contratados. Parte dos recursos são destinados ao saneamento em comunidades rurais. (Repórter: Priscila Paganotto)