Governo do Paraná retira mais de 9 mil presos de delegacias da Polícia Civil desde 2019
01/06/2021
Para responder a uma das maiores demandas da história recente do Estado, o Governo do Paraná retirou 9 mil e 300 detentos de carceragens sob responsabilidade da Polícia Civil e passou para gestão plena do Departamento Penitenciário. O balanço engloba transferências efetivadas desde o começo de 2019. Até então, o Estado tinha a pior superlotação do País em delegacias. Segundo o balanço da Secretaria de Segurança Pública, em um primeiro momento 37 delegacias tiveram suas carceragens transferidas para nova gestão. Na segunda etapa foi autorizada a transferência de mais 41 e o fechamento completo de unidades em 15 municípios. Este fluxo se concretizará neste mês com mais três mudanças. Contabilizando as duas etapas, o número de presos que saiu das carceragens das delegacias para custódia do Depen passou de 11.063 em janeiro de 2019 para 1.724 em maio de 2021, ou seja, 9.339 a menos. De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, o Paraná tinha o maior contingente de presos do País quando assumiu o Governo do Estado. E era uma situação que gerava insatisfação, insegurança e violação de direitos. Aos poucos foi sendo resolvida a situação.// SONORA RATINHO JUNIOR.// A medida estratégica permite que policiais civis lotados nesses distritos policiais se dediquem integralmente ao trabalho de investigação e atendimento à população. A mudança também inclui a gestão completa do Depen sobre a população carcerária, incluindo bens móveis e imóveis, despesas e contratos de alimentação. O secretário estadual de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, destaca que a liberação das carceragens de maneira definitiva fortalece as investigações. Ele também disse que o objetivo é dar equilíbrio ao sistema penitenciário. // SONORA ROMULO MARINHO SOARES.// Segundo o diretor do Depen, Francisco Caricati, a reorganização das carceragens proporciona benefícios para as todas instituições envolvidas, além de desafogar o sistema prisional do Estado. // SONORA FRANCISCO CARICATI. // O delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach, reforçou que a transferência de gestão e o fechamento das delegacias já tiveram resultados positivos, como a melhoria no fluxo dos serviços da polícia judiciária, além do crescimento da solução dos casos. // SONORA SILVIO ROCKEMBACH. // No primeiro pacote, houve a transferência de 37 unidades. Nesse segundo momento foram alvo 41 carceragens que estavam sob gestão da Polícia Civil. De acordo com um decreto assinado pelo governador Ratinho Junior também foram fechadas 15 carceragens temporárias. Essa estratégia ajuda no processo de regionalização da custódia e na otimização dos recursos humanos e financeiros. Em paralelo às transferências das carceragens da Polícia Civil para o Depen, o Governo do Estado também destravou a construção das novas penitenciárias, que também se arrastavam há anos. Dentre as obras em andamento estão quatro cadeias públicas, em Guaíra, Foz do Iguaçu, Londrina e Ponta Grossa, e ampliações de penitenciárias. O investimento é de mais de 70 milhões de reais, sendo que a maior parte é de recursos de convênios com o governo federal, com contrapartida do Tesouro Estadual. (Repórter: Marcelo Galliano)