Governo do Paraná participa de audiência pública para discutir situação do setor leiteiro
10/10/2023
O aumento da importação de lácteos, principalmente da Argentina e Uruguai, os custos elevados de produção de leite e os baixos preços recebidos pelos produtores provocam uma das maiores crises no setor leiteiro no Brasil. Uma audiência pública nesta terça-feira na Assembleia Legislativa, com a presença do Governo do Estado, por meio do Sistema Estadual de Agricultura, analisou propostas de soluções na área, que farão parte de uma carta a ser endereçada ao governo federal. O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, afirma que há a esperança de que várias mãos possam minimamente encontrar uma saída importante no apoio aos produtores e na continuidade do processo de melhoria da produtividade e da qualidade do leite. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //
O Brasil é o terceiro maior produtor de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro, foram produzidos no ano passado quase quatro bilhões e meio de litros, atividade que está presente em todos os municípios e envolve principalmente agricultores familiares. Do leite em pó que entra no Brasil, 53% vêm da Argentina e 41% do Uruguai. Mas o volume de importação tem crescido. Em agosto de 2021 chegou a 75 milhões de quilos, enquanto em agosto deste ano foram 131 milhões de quilos. O deputado Wilmar Reichemback, que organizou o debate por meio da Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite, afirmou que é uma crise estabelecida há alguns meses e colocou o produtor de leite no prejuízo. // SONORA WILMAR REICHEMBACK //
Segundo o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná, o Paraná produz 11% do leite brasileiro, mas tem apenas 6% da população do País, disputando mercados consumidores, o que também pressiona o preço no varejo. Ele lembrou que o Estado tem atraído grandes indústrias de produtos lácteos e outras estão ampliando suas instalações. Além do pedido para restrição na importação de leite em pó dos países do Mercosul, os participantes da audiência pública levantaram propostas para maior fiscalização nas fronteiras brasileiras, rastreabilidade e maior taxação dos produtos lácteos importados, não reidratação de leite em pó para que seja utilizado apenas em atividades industriais e renegociação das dívidas dos produtores. (Repórter: Victor Luís)
O Brasil é o terceiro maior produtor de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano. No Paraná, segundo maior produtor brasileiro, foram produzidos no ano passado quase quatro bilhões e meio de litros, atividade que está presente em todos os municípios e envolve principalmente agricultores familiares. Do leite em pó que entra no Brasil, 53% vêm da Argentina e 41% do Uruguai. Mas o volume de importação tem crescido. Em agosto de 2021 chegou a 75 milhões de quilos, enquanto em agosto deste ano foram 131 milhões de quilos. O deputado Wilmar Reichemback, que organizou o debate por meio da Frente Parlamentar de Apoio à Cadeia Produtiva do Leite, afirmou que é uma crise estabelecida há alguns meses e colocou o produtor de leite no prejuízo. // SONORA WILMAR REICHEMBACK //
Segundo o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do Paraná, o Paraná produz 11% do leite brasileiro, mas tem apenas 6% da população do País, disputando mercados consumidores, o que também pressiona o preço no varejo. Ele lembrou que o Estado tem atraído grandes indústrias de produtos lácteos e outras estão ampliando suas instalações. Além do pedido para restrição na importação de leite em pó dos países do Mercosul, os participantes da audiência pública levantaram propostas para maior fiscalização nas fronteiras brasileiras, rastreabilidade e maior taxação dos produtos lácteos importados, não reidratação de leite em pó para que seja utilizado apenas em atividades industriais e renegociação das dívidas dos produtores. (Repórter: Victor Luís)