Governo do Estado reforça atenção a povos e comunidades tradicionais do Paraná

30/01/2020
Povos indígenas, quilombolas e outras oito comunidades tradicionais terão atenção especial do Governo do Estado. Foi instituído oficialmente nesta quinta-feira, em evento no Palácio Iguaçu, o Grupo de Trabalho dos Povos e Comunidades Tradicionais do Paraná. Ele é coordenado pela Sudis, Superintendência Geral de Diálogo e Interação Social, e com a participação de sete secretarias, da governadoria e de outras três superintendências estaduais. As atividades que serão desenvolvidas pelo grupo, iniciando por um censo social que mapeará todas as comunidades tradicionais do Estado, servirão como base para um programa que terá políticas unificadas para a área. O superintendente de Diálogo e Interação Social, Mauro Rockembach, o objetivo final do Grupo de Trabalho é traçar uma política para as comunidades tradicionais, porque hoje as ações estão dispersas em várias áreas.// SONORA MAURO ROCKEMBACH.//

O Paraná tem 38 comunidades quilombolas certificadas pela Fundação Cultural Palmares, mas estudos prévios do Estado demonstram que são, pelo menos, 80 comunidades, o que representa mais de 21 mil famílias. De acordo com Denilton Laurindo, coordenador de Tratamento e Análise da Sudis e do grupo de trabalho, ainda há divergências no número exato de pessoas que pertencem a comunidades tradicionais. Ele enfatizou que a intenção fundamental do grupo é levantar o número total dessas famílias.// SONORA DENILTON LAURINDO.//

A presidente do Conselho Estadual de Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais do Paraná, Clemilda Santiago Neto, ressaltou que a maior demanda pautada pelas lideranças é a criação de políticas públicas, especialmente no que envolve as questões fundiárias.// SONORA CLEMILDA SANTIAGO.//

Representante do Movimento dos Pescadores e Pescadoras Tradicionais do Litoral do Paraná, Adnã Didi Chagas, afirmou que ainda não havia uma interação forte com o Governo do Estado. O movimento representa cerca de 10 comunidades de pescadores tradicionais de Guaraqueçaba, onde vivem cerca de duas mil pessoas. Segundo ele, são comunidades que estão hoje na abrangência do Parque Nacional de Superagui, mas que vivem no local há cerca de 500 anos.// SONORA ADNÃ CHAGAS.//

A primeira reunião de trabalho do grupo acontece no próximo dia 14, no Palácio Iguaçu. Ela será aberta para a participação de representantes de movimentos sociais e das comunidades tradicionais. Além da Sudis, têm representação no Grupo de Trabalho as Secretarias de Estado do Planejamento e Projetos Estruturantes; da Infraestrutura e Logística; da Agricultura e do Abastecimento; da Justiça, Família e Trabalho; da Educação e do Esporte; da Saúde; do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo; a Governadoria; e as superintendências gerais de Apoio aos Municípios; de Ação Solidária; e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. (Repórter: Wyllian Soppa)