Governo do Estado e União discutem questões ambientais do projeto da Nova Ferroeste
28/06/2021
Em duas reuniões no Palácio das Araucárias, em Curitiba, nesta segunda-feira, integrantes do Grupo de Trabalho do Plano Estadual Ferroviário e a secretária de Apoio ao Licenciamento Ambiental e à Desapropriação do Ministério da Economia, Rose Hofmann, acompanharam os relatórios sobre o andamento dos estudos para construção da Nova Ferroeste. Foram apresentados o EVTEA-J, Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica, Ambiental e Jurídica, e o EIA/RIMA, Estudo de Impacto Ambiental. O primeiro deve ser concluído em setembro e o segundo em novembro. Rose Hofmann, que integra a equipe do PPI, Programa de Parcerias de Investimentos, do Governo Federal, destacou a relevância dessa proximidade com o projeto ainda durante sua fase de planejamento.// SONORA ROSE HOFMANN.//
Uma das etapas do projeto é a obtenção das licenças junto a órgãos como o Ibama, Incra, Funai e do IPHAN, Instituto Nacional do Patrimônio Artístico e Nacional. Por isso, estas análises de dados e prazos ao longo dos estudos ajudam a alinhar os resultados com as exigências do Governo Federal, como explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.// SONORA LUIZ HENRIQUE.//
O Estudo de Impacto Ambiental, feito pela Fipe, Fundação Estudo de Pesquisas Econômicas, avalia em detalhes todas as partes do traçado da Nova Ferroeste no Paraná, onde a ferrovia, segundo o projeto, passará por 41 municípios. Também passará por nove cidades do Mato Grosso do Sul. São feitas visitas a campo numa faixa de até cinco quilômetros em torno do traçado previsto. O clima dos últimos cinco anos também será analisado a partir de dados do Simepar, coletados em 32 estações. Também foram avaliadas 11 cavidades naturais, duas delas classificadas como cavernas. O ciclo completo do estudo no que se refere à fauna em cada um dos ambientes incluídos no traçado da via férrea vai durar cerca de um ano. Isso porque a catalogação das espécies que vivem nos ambientes precisa ser feita em quatro momentos diferentes. Em cada uma das estações, os pesquisadores da Fipe vão a campo. Ao longo de 32 dias eles capturam, medem e fotografam animais terrestres, aquáticos e de cavernas. Daniel Macedo Neto, coordenador geral do EIA/RIMA, destacou que este tipo de estudo acaba gerando grandes surpresas positivas.// SONORA DANIEL MACEDO.//
Até agora foram realizadas a campanha de verão e de outono. Em julho terá início a de inverno. O processo termina em novembro quando for encerrada a quarta e última etapa. Nas duas primeiras campanhas foram avistados gatos do mato, onças-pardas e sussuaranas em quatro áreas de estudo. Os técnicos também puderam fotografar uma espécie rara de sapo, cuja principal característica é o contraste entre o corpo verde com pintinhas escuras e as quatro patas vermelhas. As análises do solo e da cobertura vegetal também são realizadas ao longo do processo, que engloba biomas como o Cerrado e a Mata Atlântica. A amostragem faz o levantamento de um metro quadrado em cada um dos lugares visitado. Para Luiz Henrique Fagundes, este olhar para o meio ambiente vai além de uma exigência legal.// SONORA LUIZ HENRIQUE.//
Os trilhos da Nova Ferroeste vão passar próximos a 47 unidades de conservação, nenhuma delas classificada como área de proteção integral. A partir desse levantamento os técnicos vão apontar locais para a realização da passagem de fauna, para diminuir o risco de atropelamento pelas composições que vão circular pelo local. Daniel Macedo ainda explicou que a ferrovia pode servir também como uma barreira para impedir a derrubada da cobertura verde. Os municípios incluídos no traçado da ferrovia também receberam as equipes da Fipe para a realização dos estudos socioeconômicos. Outra reunião foi com a TPF Sener, empresa internacional, responsável pelo EVTEA-J. É a partir dos dados e análises deles que o projeto é elaborado. O primeiro resultado parcial aponta a existência de carga ao longo do traçado, que tornaria a estrada de ferro viável economicamente. Os levantamentos indicam que hoje somente 20% de tudo que é descarregado no Porto de Paranaguá chega por trilhos. Com a implantação da nova ferrovia a estimativa é aumentar essa participação para 60%. O EVTEA-J deve ser finalizado em setembro. Outros detalhes podem ser conferidos em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)
Uma das etapas do projeto é a obtenção das licenças junto a órgãos como o Ibama, Incra, Funai e do IPHAN, Instituto Nacional do Patrimônio Artístico e Nacional. Por isso, estas análises de dados e prazos ao longo dos estudos ajudam a alinhar os resultados com as exigências do Governo Federal, como explica o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes.// SONORA LUIZ HENRIQUE.//
O Estudo de Impacto Ambiental, feito pela Fipe, Fundação Estudo de Pesquisas Econômicas, avalia em detalhes todas as partes do traçado da Nova Ferroeste no Paraná, onde a ferrovia, segundo o projeto, passará por 41 municípios. Também passará por nove cidades do Mato Grosso do Sul. São feitas visitas a campo numa faixa de até cinco quilômetros em torno do traçado previsto. O clima dos últimos cinco anos também será analisado a partir de dados do Simepar, coletados em 32 estações. Também foram avaliadas 11 cavidades naturais, duas delas classificadas como cavernas. O ciclo completo do estudo no que se refere à fauna em cada um dos ambientes incluídos no traçado da via férrea vai durar cerca de um ano. Isso porque a catalogação das espécies que vivem nos ambientes precisa ser feita em quatro momentos diferentes. Em cada uma das estações, os pesquisadores da Fipe vão a campo. Ao longo de 32 dias eles capturam, medem e fotografam animais terrestres, aquáticos e de cavernas. Daniel Macedo Neto, coordenador geral do EIA/RIMA, destacou que este tipo de estudo acaba gerando grandes surpresas positivas.// SONORA DANIEL MACEDO.//
Até agora foram realizadas a campanha de verão e de outono. Em julho terá início a de inverno. O processo termina em novembro quando for encerrada a quarta e última etapa. Nas duas primeiras campanhas foram avistados gatos do mato, onças-pardas e sussuaranas em quatro áreas de estudo. Os técnicos também puderam fotografar uma espécie rara de sapo, cuja principal característica é o contraste entre o corpo verde com pintinhas escuras e as quatro patas vermelhas. As análises do solo e da cobertura vegetal também são realizadas ao longo do processo, que engloba biomas como o Cerrado e a Mata Atlântica. A amostragem faz o levantamento de um metro quadrado em cada um dos lugares visitado. Para Luiz Henrique Fagundes, este olhar para o meio ambiente vai além de uma exigência legal.// SONORA LUIZ HENRIQUE.//
Os trilhos da Nova Ferroeste vão passar próximos a 47 unidades de conservação, nenhuma delas classificada como área de proteção integral. A partir desse levantamento os técnicos vão apontar locais para a realização da passagem de fauna, para diminuir o risco de atropelamento pelas composições que vão circular pelo local. Daniel Macedo ainda explicou que a ferrovia pode servir também como uma barreira para impedir a derrubada da cobertura verde. Os municípios incluídos no traçado da ferrovia também receberam as equipes da Fipe para a realização dos estudos socioeconômicos. Outra reunião foi com a TPF Sener, empresa internacional, responsável pelo EVTEA-J. É a partir dos dados e análises deles que o projeto é elaborado. O primeiro resultado parcial aponta a existência de carga ao longo do traçado, que tornaria a estrada de ferro viável economicamente. Os levantamentos indicam que hoje somente 20% de tudo que é descarregado no Porto de Paranaguá chega por trilhos. Com a implantação da nova ferrovia a estimativa é aumentar essa participação para 60%. O EVTEA-J deve ser finalizado em setembro. Outros detalhes podem ser conferidos em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)