Governador recebe 1ª aluna indígena selecionada para o programa Ganhando o Mundo

10/06/2024
A aluna Larissa Takua Poyu Ju Lopes, de 15 anos, será a primeira aluna indígena a participar do Ganhando o Mundo, programa de intercâmbio do Governo do Estado. A estudante da terra indígena Tekoha Añatete, de Diamante do Oeste, no Oeste do Estado, foi uma das selecionadas para passar um semestre letivo de 2025 em um país estrangeiro. Ela foi recebida nesta segunda-feira pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior no Palácio Iguaçu. O Ganhando o Mundo tem como objetivo levar alunos a outros países para estudar outras línguas e conhecer novas culturas, compartilhando com os colegas de escola a experiência no exterior. A edição do ano que vem será a maior da história do programa, com 1.200 selecionados que vão viajar para Austrália, Canadá, Irlanda, Nova Zelândia e Reino Unido. O governador disse que a conquista é orgulho para o Estado do Paraná. // SONORA RATINHO JUNIOR //

Para ser uma das selecionadas, a jovem passou por um processo seletivo que contou com mais de 12 mil estudantes da rede estadual de ensino do Paraná e levou em conta o desempenho escolar dos adolescentes, a frequência deles nas aulas e a participação em atividades extracurriculares. Larissa, além de ser uma das alunas com as melhores notas da escola, também ajuda os mais novos como monitora e tem frequência máxima nas aulas. Mesmo com toda essa dedicação, a estudante disse que demorou a acreditar que tinha sido uma das selecionadas para o programa de intercâmbio. // SONORA LARISSA TAKUA POYU JU LOPES //

Na bagagem, Larissa vai levar a cultura do povo guarani, representando os 140 colegas dela da Escola Indígena Kuaa Mbo’E e as quase 500 pessoas que vivem na comunidade. O diretor da escola, Jairo Cesar Bortolini, destacou que a conquista de Larissa serve de inspiração. // SONORA JAIRO CESAR BORTOLINI //

O Paraná tem cerca de um milhão de alunos na rede estadual de ensino. Deste total, cerca de sete mil são indígenas. A maior parte deles estuda em escolas indígenas, que são instituições que promovem a interação dos alunos com as comunidades locais, preservando as tradições dos povos originários. Para o cacique da aldeia, João Miri Alves, a dinâmica é fundamental para a preservação da cultura local. // SONORA JOÃO MIRI ALVES //

Em Diamante do Oeste, a população indígena representa cerca de 10% do município. (Repórter: Gustavo Vaz)