Governador Ratinho Junior diz que o fim da vacinação contra febre aftosa no Estado é discutida com a sociedade

16/05/2019
O governador Carlos Massa Ratinho Junior disse nesta quarta-feira, em Maringá, que o Governo do Paraná está discutindo com a sociedade a suspensão da vacina contra febre aftosa no Estado. Ele se reuniu, durante a Expoingá, com representantes do setor agropecuário da região Noroeste e recebeu um documento com contribuições sobre o tema. A carta foi entregue pelos presidentes das Sociedades Rurais de Maringá, Maria Iraclézia de Araújo; do Paraná, Antônio Sampaio; e de Umuarama, Milton Gaiari. Ratinho Junior explicou que a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento está promovendo audiências públicas em todas as regiões para debater o assunto. Trata-se do fórum “Paraná livre de febre aftosa sem vacinação”, que acontece ao longo do mês de maio e reúne produtores, entidades e lideranças do setor agropecuário, técnicos, estudantes e representantes do poder público.// SONORA RATINHO JUNIOR.//
Após os fóruns, representantes do Estado vão se reunir com criadores e industriais dos setores bovino, avícola e de suínos para, mais uma vez, debater a melhor solução para o Estado. Ratinho Junior disse que o Paraná vai chegar a uma decisão coletiva.// SONORA RATINHO JUNIOR.//
O secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara, explicou que o Ministério da Agricultura fez duas auditorias no Paraná, que atestaram a qualidade do sistema sanitário paranaense.// SONORA NORBERTO ORTIGARA.//
Após a campanha de vacinação de maio, que atinge bovinos e búfalos de até 24 meses, o Paraná deixa de vacinar contra febre aftosa. Em setembro, o Ministério da Agricultura publica um ato normativo que vai mudar o status do Estado para Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, e a Organização Mundial de Saúde Animal deverá reconhecer a condição do Paraná em 2021. Até agora, apenas Santa Catarina é reconhecida como área livre de aftosa no Brasil. Segundo estudos de técnicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná e do Departamento de Economia Rural do Estado, o novo status pode dobrar as exportações de carne suína do Paraná, chegando a 200 mil toneladas ao ano. Isso porque, de acordo com o documento, a decisão de pôr fim à vacinação vai ajudar a abrir novos mercados internacionais que pagam melhor pelo produto com qualidade sanitária reconhecida. (Repórter: Amanda Laynes)