Gin, vinho e cerveja: bebidas do Paraná acumulam prêmios internacionais
14/12/2023
O mercado de bebidas do Paraná ganha a cada dia mais destaque internacional. O trabalho conta com incentivo do Governo do Estado e também tem sido reconhecido em concursos fora do Brasil. É o caso do Ivaí Gin, que além do zimbro, fruto essencial da bebida, é destilado em um alambique de cobre com outras 18 especiarias e dois ingredientes que dão um toque paranaense: pinhão e nó de pinho de araucária. A referência ao Estado também está na embalagem, com uma gravura em alto relevo do Rio Ivaí e uma araucária na tampa. Além da versão pura, a Destilaria Água da Glória, dona da marca em São João do Ivaí produz gin em mais cinco sabores. O gerente de Relacionamento da marca, Igor Pereira, contou que a ideia do fundador inglês Dominic Chambers era produzir um gin genuinamente brasileiro e que representasse o Paraná. // SONORA IGOR PEREIRA //
A destilaria tem capacidade para produzir 50 mil litros por mês. Com apenas um ano de produção, o Ivaí Gin conquistou 15 medalhas de ouro em concursos internacionais. A mais recente, e também a mais importante até aqui, foi em maio, com o duplo ouro no San Francisco World Spirits Competition. O título no torneio nos Estados Unidos levou a Forbes, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, a citar o Ivaí Gin entre os melhores do planeta. Outras bebidas paranaenses premiadas são os vinhos da Vinícola Franco Italiano, de Colombo. Em março, dois rótulos da propriedade da Região Metropolitana de Curitiba foram os únicos brasileiros a conquistar em Bordeaux, na França, a medalha de ouro no Vinalies Internationales, organizado pelo Ofício Internacional do Vinho. Os rótulos premiados foram dois tintos: o Censurato Cabernet Sauvignon safra 2018 e o Paradigma Rotto Cuvée Tannat safra 2012-2014. O nome Censurato, que significa censurado, em italiano, vem das críticas que o vinho recebeu nas primeiras safras. Todos os especialistas que a Franco Italiano procurava à época desmereciam a bebida. Alguns até se negavam a prová-lo ao saber que o produto era de Colombo, tradicional berço do vinho colonial do Paraná. Até que um sommelier resolveu pôr a bebida em uma degustação às cegas junto com rótulos internacionais. Aí o vinho fino recebeu elogios da maioria dos especialistas. De família de origem francesa, Dirceu Raussis fundou em 1973 a Franco Italiano junto com a esposa, Ivone Ceccon, de família italiana. Por cerca de 30 anos, a vinícola se dedicou exclusivamente aos vinhos coloniais ou de mesa, como são conhecidos. // SONORA DIRCEU RAUSSIS //
Ele diz que a primeira safra, de 2004, deu errado. // SONORA DIRCEU RAUSSIS //
Entre as cervejarias paranaenses, o destaque é a Bodebrown, no bairro Hauer, em Curitiba, que já conquistou cerca de 170 prêmios. Aproximadamente 70 deles em concursos internacionais nos mais diferentes países. Referência e pioneira na produção de cervejas artesanais na capital paranaense, a empresa também é a primeira cervejaria-escola do Brasil, ajudando a fomentar o mercado em Curitiba, hoje um dos grandes pólos do produto no País. Dos troféus que guarda em uma galeria na empresa, o CEO da Bodebrown, Samuel Cavalcanti, tem carinho especial por alguns. // SONORA SAMUEL CAVALCANTI //
A cervejaria curitibana também criou em parceria com a banda inglesa de heavy metal Iron Maiden duas cervejas: a Trooper Brasil IPA e a Aces High, título que é um clássico da banda e que foi aprovada pelo próprio vocalista Bruce Dickinson em visita à Bodebrown ano passado. O Paraná oferece alguns incentivos para produtores de vinho e microcervejeiros. Para os microcervejeiros, foi estendido até dezembro de 2024, um crédito presumido de 13% no ICMS nas vendas de cervejas e chopes artesanais dentro do Estado, limitadas a 200 mil litros por mês. O abatimento no imposto se aplica também às vendas diretas aos consumidores. Samuel Cavalcanti avalia a ajuda do Estado como essencial e um reconhecimento da indústria. // SONORA SAMUEL CAVALCANTI //
Já para os fabricantes de vinho, até 31 de dezembro de 2025 há a opção de crédito presumido do ICMS nas operações com vinhos feitos exclusivamente a partir de uvas cultivadas no Paraná. O crédito presumido, neste caso, pode ser até o valor total do imposto, dependendo do caso. O abatimento vale para vendas dentro ou fora do Estado. (Repórter: Gustavo Vaz)
A destilaria tem capacidade para produzir 50 mil litros por mês. Com apenas um ano de produção, o Ivaí Gin conquistou 15 medalhas de ouro em concursos internacionais. A mais recente, e também a mais importante até aqui, foi em maio, com o duplo ouro no San Francisco World Spirits Competition. O título no torneio nos Estados Unidos levou a Forbes, uma das revistas mais prestigiadas do mundo, a citar o Ivaí Gin entre os melhores do planeta. Outras bebidas paranaenses premiadas são os vinhos da Vinícola Franco Italiano, de Colombo. Em março, dois rótulos da propriedade da Região Metropolitana de Curitiba foram os únicos brasileiros a conquistar em Bordeaux, na França, a medalha de ouro no Vinalies Internationales, organizado pelo Ofício Internacional do Vinho. Os rótulos premiados foram dois tintos: o Censurato Cabernet Sauvignon safra 2018 e o Paradigma Rotto Cuvée Tannat safra 2012-2014. O nome Censurato, que significa censurado, em italiano, vem das críticas que o vinho recebeu nas primeiras safras. Todos os especialistas que a Franco Italiano procurava à época desmereciam a bebida. Alguns até se negavam a prová-lo ao saber que o produto era de Colombo, tradicional berço do vinho colonial do Paraná. Até que um sommelier resolveu pôr a bebida em uma degustação às cegas junto com rótulos internacionais. Aí o vinho fino recebeu elogios da maioria dos especialistas. De família de origem francesa, Dirceu Raussis fundou em 1973 a Franco Italiano junto com a esposa, Ivone Ceccon, de família italiana. Por cerca de 30 anos, a vinícola se dedicou exclusivamente aos vinhos coloniais ou de mesa, como são conhecidos. // SONORA DIRCEU RAUSSIS //
Ele diz que a primeira safra, de 2004, deu errado. // SONORA DIRCEU RAUSSIS //
Entre as cervejarias paranaenses, o destaque é a Bodebrown, no bairro Hauer, em Curitiba, que já conquistou cerca de 170 prêmios. Aproximadamente 70 deles em concursos internacionais nos mais diferentes países. Referência e pioneira na produção de cervejas artesanais na capital paranaense, a empresa também é a primeira cervejaria-escola do Brasil, ajudando a fomentar o mercado em Curitiba, hoje um dos grandes pólos do produto no País. Dos troféus que guarda em uma galeria na empresa, o CEO da Bodebrown, Samuel Cavalcanti, tem carinho especial por alguns. // SONORA SAMUEL CAVALCANTI //
A cervejaria curitibana também criou em parceria com a banda inglesa de heavy metal Iron Maiden duas cervejas: a Trooper Brasil IPA e a Aces High, título que é um clássico da banda e que foi aprovada pelo próprio vocalista Bruce Dickinson em visita à Bodebrown ano passado. O Paraná oferece alguns incentivos para produtores de vinho e microcervejeiros. Para os microcervejeiros, foi estendido até dezembro de 2024, um crédito presumido de 13% no ICMS nas vendas de cervejas e chopes artesanais dentro do Estado, limitadas a 200 mil litros por mês. O abatimento no imposto se aplica também às vendas diretas aos consumidores. Samuel Cavalcanti avalia a ajuda do Estado como essencial e um reconhecimento da indústria. // SONORA SAMUEL CAVALCANTI //
Já para os fabricantes de vinho, até 31 de dezembro de 2025 há a opção de crédito presumido do ICMS nas operações com vinhos feitos exclusivamente a partir de uvas cultivadas no Paraná. O crédito presumido, neste caso, pode ser até o valor total do imposto, dependendo do caso. O abatimento vale para vendas dentro ou fora do Estado. (Repórter: Gustavo Vaz)