Geração Olimpíca e Paralímpica: Bárbara Domingos quer deixar legado após participação inédita na Olimpíada

23/07/2024
Nos últimos anos, a carreira da paranaense Bárbara Domingos, ginasta de 24 anos, bolsista do programa Geração Olímpica e Paralímpica do Governo do Paraná, foi uma gangorra. Bateu no fundo com a lesão que a afastou das provas por seis meses. E voltou à tona com mais força ainda com a conquista inédita para o Brasil do índice olímpico em provas individuais. Em 2021, foram duas frustrações. A primeira, no Pan-Americano de Ginástica, em junho, no México, quando a vaga olímpica passou raspando. Mesmo subindo ao pódio com a prata na prova geral individual, Bárbara ficou fora da Olimpíada de Tóquio, uma vez que só o ouro no Pan garantia a classificação. Quatro meses depois, o primeiro ineditismo de Bárbara para a ginástica rítmica brasileira. No Mundial de Kitakyushu, no Japão, se tornou a primeira brasileira a se classificar à uma final individual, fechando a disputa na 17ª colocação. Mas aí veio a segunda frustração de 2021. Uma lesão no quadril no fim do ano a tirou das provas. Após cirurgia, Bárbara conta que ficou seis meses sem treinar, apenas em tratamento. // SONORA BÁRBARA DOMINGOS //

O retorno às competições veio em agosto de 2022, e dali por diante, tudo mudou. As vitórias voltaram e com elas veio a classificação inédita à Olimpíada de uma ginasta brasileira, em agosto de 2023. Para fechar o bom ano de 2023, Babi, como é conhecida, foi a maior medalhista entre todos os atletas brasileiros nos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em novembro. Na capital chilena, foram cinco medalhas: três ouros e duas pratas. A treinadora da ginasta, Marcia Naves, que também é bolsista do programa Geração Olimpíca e Paralímpica do Governo do Paraná e trabalha com Bárbara há 18 anos, celebra que depois da cirurgia no quadril, a atleta voltou com tudo. // SONORA MARCIA NAVES //

A expectativa de Bárbara e da treinadora Márcia é alcançar mais um ineditismo para a ginástica rítmica brasileira. A meta é se classificar entre as finalistas da Olimpíada de Paris-2024. Bárbara afirma que a partir da participação olímpica, o objetivo é abrir ainda mais portas para as ginastas que estão vindo. Assim como Daiane do Santos fez com a própria Bárbara ao conquistar nove vezes o ouro em etapas da Copa do Mundo de ginástica artística. // SONORA BÁRBARA DOMINGOS //

Sem o programa Geração Olímpica e Paralímpica da Secretaria de Estado de Esporte, Babi diz que seria praticamente impossível competir em alto nível pelos altos custos que a preparação exige. // SONORA BÁRBARA DOMINGOS //

Em 2024, o Geração Olímpica e Paralímpica está na 13ª edição e terá investimento da Copel de 5 milhões e 200 mil reais. (Repórter: Gabriel Ramos)