Ferroeste ingressa no Programa de Parcerias de Investimentos e passará por processo de desestatização
11/06/2020
A Ferroeste foi qualificada nesta quarta-feira no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos, PPI, do governo federal, o que deve acelerar o seu processo de desestatização.O pedido foi feito pelo Governo do Estado e significa que a União vai ajudar o Paraná com apoio técnico regulatório necessário em diversas áreas, da modelagem e meio ambiente à atração de investidores.A expectativa é colocar a Ferroeste em leilão na B3 até o final de 2021 já com o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental,o Estudo de Impacto Ambiental e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental concluídos.O modelo de concessão, total ou parcial vai ser discutido nos próximos meses em um Comitê de Governança do Projeto.Esse cronograma prevê, ainda, a viabilidade da extensão de uma nova ferrovia entre Maracaju no MS e Cascavel, a revitalização do atual trecho ferroviário entre Cascavel a Guarapuava, a construção de uma nova ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá e a construção de um ramal multimodal entre Cascavel e Foz do Iguaçu. De acordo com o governador Carlos Massa Ratinho Junior, essa é uma conquista importante para o Paraná.// RATINHO JÚNIOR // A resolução foi assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pela secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Martha Seillier.Segundo o secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, já foram investidos mais de 30 milhões de reais nesse projeto e a adesão ao PPI significa que o Paraná terá toda condição técnica necessária para atrair recursos com segurança jurídica.// SONORA SANDRO ALEX //André Gonçalves, presidente da Ferroeste, afirma que o processo de qualificação exige viabilidade e consistência na operação.// SONORA ANDRÉ GONÇALVES //O objetivo do governo federal é buscar modelos mais eficientes de oferta e gestão de serviços públicos, promoção da concorrência, segurança jurídica e propostas de melhorias regulatórias com vistas a atrair investidores nacionais e estrangeiros.O modelo será essencial para alavancar novos negócios ao País depois da pandemia do novo coronavírus.A reunião desta quarta-feira também qualificou o novo Anel de Integração no Programa Nacional de Desestatização.A formatação final ainda está em fase de estudos pela Empresa de Planejamento e Logística e a estimativa é de que o Paraná tenha 4.114 quilômetros de rodovias federais e estaduais, mais modernas e com custo reduzido no pedágio.Os investimentos estão estimados em 33 bilhões e 600 milhões de reais e o leilão deve ocorrer no terceiro trimestre de 2021.Devem fazer parte do novo Anel de Integração, além do polígono original, a PR-280 no Sul , a PR-323 no Noroeste, a PR-092, Norte Pioneiro, a BR-163, Guaíra a Cascavel e Cascavel a Barracão, a BR-476, Palmas a Curitiba e a BR-153, Santo Antônio da Platina até Alto do Amparo, além do Contorno Norte de Curitiba.Os trechos compõem oito lotes do projeto de concessão das Rodovias Integradas do Paraná. (Repórter: Marcelo Galliano)