Experiência na Amazônia qualifica bombeiros para atuação no Paraná

20/09/2019
Após 15 dias na Amazônia, os 30 bombeiros do Paraná, que integraram a Operação Verde Brasil, do Ministério da Defesa, retornam neste sábado para o Estado. Os profissionais saíram do Paraná em 4 de setembro e chegaram no dia seguinte à região de Novo Progresso, no Sul do Pará. Por determinação do governador Carlos Massa Ratinho Junior, os militares paranaenses integraram uma equipe de cerca de 230 pessoas, que incluía bombeiros do Rio de Janeiro e de Minas Gerais e profissionais do Ibama, ICMBio, Exército e da Força Aérea, além de brigadistas indígenas. Juntos, eles conseguiram controlar os focos de incêndio de uma área de seis quilômetros quadrados, em um perímetro de 10 mil quilômetros dentro da Reserva Biológica Nascentes da Serra do Cachimbo. O governo também enviou um helicóptero do Batalhão de Polícia de Operações Aéreas para ajudar no deslocamento das equipes e no combate ao fogo. O tenente-coronel Fernando Raimundo Schunig, comandante da equipe paranaense e do 3º Comando Regional dos Bombeiros, sediado em Cascavel, na região Oeste, disse que a atuação que os bombeiros paranaenses tiveram na Amazônia será valiosa para os trabalhos no Paraná, em favor da população do Estado.
O tenente-coronel contou que o acesso às áreas de incêndio foi a maior dificuldade enfrentada pelos profissionais. Ele precisaram ficar alojados em uma base da Aeronáutica na Reserva Biológica e só conseguiram chegar aos focos de incêndio com as aeronaves. Os voos duravam em média 20 minutos desde a base.
O trabalho das equipes começava bem cedo e não tinha escala. Os bombeiros atuaram por mais de 12 horas seguidas por dia no período que estiveram em missão. O trabalho terrestre começava às 4 horas da manhã. Enquanto as aeronaves utilizavam o bambi bucket, espécie de balde adaptado aos helicópteros para recolher água de rios próximos e jogar nos focos de incêndio, as equipes terrestres usavam equipamentos como motosserras e sopradores para “enterrar” o fogo. Às quatro da tarde, quando já não tinha mais teto para as aeronaves, eles retornavam para a base para planejar as ações do dia seguinte. (Repórter: Amanda Laynes)