Estudante de Centro Estadual de Educação Profissional de Cascavel desenvolve detector de pressão para silos

27/03/2019
O estudante paranaense Maycon Oliveira Lourenço, de apenas 18 anos, conquistou o primeiro lugar na categoria Engenharia Eletrônica na edição 2019 da Febrace, Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, um dos eventos mais importantes do gênero. Maycon criou um detector de pressão que pode ser usado para diagnosticar e prevenir rompimentos em silos, barragens, pontes e viadutos. A pesquisa foi desenvolvida no Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, em Cascavel, na região Oeste, onde o jovem concluiu o curso técnico em Eletrônica junto com o Ensino Médio. O projeto foi uma resposta à uma necessidade real verificada entre os produtores de grãos do Paraná. Depois de um estudo sobre o setor produtivo da região, Maycon e os orientadores do projeto perceberam que muitos silos de armazenamento apresentavam sinais de rompimento devido à pressão das cargas e decidiram elaborar um mecanismo para prevenir possíveis rompimentos dos recipientes e evitar prejuízos aos produtores. O estudante destacou que esse projeto foi pensado como solução para um problema presente no cotidiano do agronegócio da região.// SONORA MAYCON OLIVEIRA.//

Esse é o segundo projeto de iniciação científica que Maycon desenvolveu durante os quatro anos no Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto, além de participações em feiras de ciências e 11 premiações científicas. A escola técnica promove uma vez por ano a Expoceep, Exposição de Trabalhos de Pesquisa Escolar e de Iniciação Científica, além de oficinas de iniciação científica. Também são feitas periodicamente palestras relacionadas a diversas áreas de pesquisas. Em 2018, o colégio criou o Nupic, Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica, para divulgar as pesquisas científica e motivar os alunos. A diretora Sandra Regina de Andrade Tambani explicou que a missão do CEEP é desmistificar que a educação profissional é só chão de fábrica.// SONORA SANDRA TAMBANI.//

Quatro protótipos do experimento de Maycon já foram testados em silos. O detector possui um circuito eletrônico que mede os dados de quilograma-força e os envia para uma placa microcontroladora que faz o reconhecimento da força exercida sobre a estrutura. Esses dados são armazenados em um cartão de memória e podem ser analisados semanalmente ou mensalmente. (Repórter: Wyllian Soppa)