Estiagem prolongada acende alerta para rodízio em Cascavel

06/11/2020
A crise hídrica acendeu o alerta amarelo em Cascavel e coloca em risco o fornecimento de água tratada para a população. Os rios Cascavel, Peroba e Saltinho e o mais novo manancial de abastecimento, o São José, que entrou em operação no fim de semana passado, registram queda de vazão acima de 40%. Além desses rios, 16 poços e o Lago Municipal contribuem para o fornecimento de água aos mais de 330 mil moradores da cidade.
O Oeste do Estado, assim como outras regiões, sofre com a falta regular de chuvas desde o ano passado, quando o volume de precipitação ficou mais de 60% abaixo da média dos últimos sete anos. De janeiro até agora, choveu em Cascavel apenas 945 milímetros. No ano passado, mesmo em estiagem, o volume foi 1.334 milímetros de janeiro até o início de novembro. Técnicos do Simepar apontam que as chuvas regulares e com capacidade para amenizar os efeitos da estiagem só devem ocorrer a partir de fevereiro do próximo ano.
O abastecimento de Cascavel já havia ficado em estado de alerta de setembro a dezembro do ano passado, e foi necessário implantar rodízio por pelo menos 21 dias.
A gerente-geral da Sanepar, Rita Camana ressalta que para manter o fornecimento de água de forma regular agora, são necessárias chuvas com volume significativo e o apoio da população no uso racional da água. //SONORA RITA CAMANA//





A crise hídrica, decorrente da maior estiagem da história do Paraná, deve se prolongar. A Sanepar reforça algumas dicas para redução do uso da água tratada, como: diminuir o tempo de banho, desligar a torneira na escovação dos dentes e usar um copo para enxágue, acumular louças, não lavar carros e calçadas e ficar atento e consertar eventuais vazamentos em casa. Um buraco de dois milímetros em um cano de uma única casa pode desperdiçar 3 mil e 200 litros de água por mês. (Repórter: Flávio Rehme)