Estados do Sul querem que BNDES amplie créditos para a região

31/01/2020
Os três estados do Sul do País reivindicam mais recursos do BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, para a região. O porta-voz do pedido foi o governador Carlos Massa Ratinho Junior, representando também os governadores Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, e Carlos Moisés, de Santa Catarina. Ratinho Junior se reuniu nesta quinta-feira com o presidente do banco, Gustavo Montezano, no Rio de Janeiro, para levar a demanda do BRDE, Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, que pede o aumento de pelo menos 50% no valor destinado para nos três estados neste primeiro semestre do ano. O BNDES reservou 695 milhões de reais, a serem divididos pelos três estados neste primeiro semestre. Para o BRDE, os recursos são insuficientes, e o banco deseja um montante mínimo de um bilhão de reais. O governador afirmou que a região conta com um agronegócio muito forte e desenvolvido, que gera muitos empregos para o País. Na mesma linha, o diretor de operações do BRDE, Wilson Bley Lipski, destacou que os valores são insuficientes. Ele também participou da reunião, e reforçou o peso do agronegócio nas ações do banco.// SONORA WILSON BLEY.//

Ratinho Junior afirmou que esses recursos são justamente para ampliar o crédito rural, e que o presidente do BNDES entendeu o pedido e ficou de analisar as possibilidades. No ano passado, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ficaram com um bilhão e 800 milhões de reais. No segundo semestre foram mais 900 milhões liberados pelo BNDES. Somente nos últimos três meses, o BRDE investiu cerca de 79 milhões de reais no setor do agronegócio. Além disso, acreditando na tendência da produção alternativa de energia, foram aplicados aproximadamente 103 milhões de reais do banco, o que representa 42% do total investido no quarto trimestre de 2019. O BRDE também colaborou com o cooperativismo, destinando 390 milhões para a atividade. Com relação aos produtores rurais, pelo menos 177 milhões de reais em operações de crédito foram aprovadas em 1.104 contratos, mostrando a pulverização do crédito. (Repórter: Wyllian Soppa)