Estado promove encontros em Londrina e Francisco Beltrão para discutir mercado do leite
27/03/2024
O Governo do Paraná, por meio do Sistema Estadual de Agricultura, e entidades do setor produtivo vão organizar dois grandes encontros para discutir a questão da importação anormal de leite observada nos últimos anos, o que tem prejudicado os produtores brasileiros, incluindo os do Paraná. A partir dessas conversas são apontados caminhos que podem passar por aumento da taxação nas entradas do produto em pó. Os eventos acontecem em abril: na Expo Londrina, em Londrina, dia 11, e em Francisco Beltrão, dia 16. O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, explicou que esse movimento vem prejudicando o produtor no campo. // SONORA NORBERTO ORTIGARA //
Segundo o Agrostat, do Ministério da Agricultura, o Brasil importou 199 mil toneladas de leite em pó no ano passado, a um custo de 738 milhões e 500 mil dólares. O produto veio praticamente todo da Argentina e Uruguai, que responderam por 195 mil toneladas. Como integrantes do Mercosul, os países que fornecem leite em pó são isentos da Tarifa Externa Comum, cobrada de países fora desse bloco. O volume representa aumento de 87% sobre 2022. Nos dois primeiros meses deste ano já chegaram ao País 34.500 toneladas, contra 27.800 toneladas entre janeiro e fevereiro de 2023. No caso do Paraná, a importação de 2023 foi de 6.500 toneladas de leite em pó. Do total, 3.600 vieram da Argentina ou do Paraguai O volume representa aumento de 183% em relação a 2022. Nos dois primeiros meses de 2024 o Paraná importou 250 toneladas, volume 77% inferior a janeiro e fevereiro de 2023. Em relação ao preço, o Departamento de Economia Rural contabilizou que os produtores paranaenses estão recebendo, em média, R$ 2,19 por litro. Comparando com fevereiro de 2023, quando o litro custava R$ 2,68, a queda é de 17%. Os secretários estaduais da Agricultura se reuniram com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para propor a suspensão da importação por um período, para ajustar o mercado. (Repórter: Gustavo Vaz)
Segundo o Agrostat, do Ministério da Agricultura, o Brasil importou 199 mil toneladas de leite em pó no ano passado, a um custo de 738 milhões e 500 mil dólares. O produto veio praticamente todo da Argentina e Uruguai, que responderam por 195 mil toneladas. Como integrantes do Mercosul, os países que fornecem leite em pó são isentos da Tarifa Externa Comum, cobrada de países fora desse bloco. O volume representa aumento de 87% sobre 2022. Nos dois primeiros meses deste ano já chegaram ao País 34.500 toneladas, contra 27.800 toneladas entre janeiro e fevereiro de 2023. No caso do Paraná, a importação de 2023 foi de 6.500 toneladas de leite em pó. Do total, 3.600 vieram da Argentina ou do Paraguai O volume representa aumento de 183% em relação a 2022. Nos dois primeiros meses de 2024 o Paraná importou 250 toneladas, volume 77% inferior a janeiro e fevereiro de 2023. Em relação ao preço, o Departamento de Economia Rural contabilizou que os produtores paranaenses estão recebendo, em média, R$ 2,19 por litro. Comparando com fevereiro de 2023, quando o litro custava R$ 2,68, a queda é de 17%. Os secretários estaduais da Agricultura se reuniram com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para propor a suspensão da importação por um período, para ajustar o mercado. (Repórter: Gustavo Vaz)