Estado investe em inteligência para reforçar ações de combate a corrupção
21/12/2020
O combate à corrupção desenvolvido pelo Governo do Paraná, por meio da CGE, Controladoria-Geral do Estado, está baseado num completo cruzamento de informações de vários bancos de dados, para subsidiar auditorias e o trabalho da Corregedoria do Estado.O resultado foi evitar gastos de 32 milhões de reais em compras.Resultado também pode ser visto na investigação e abertura de processo contra cinco concessionárias de pedágio e em parcerias com órgãos de controle externo.Só neste ano, o Observatório da Despesa Pública, vinculado à Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas, da CGE, cruzou registros de cerca de mil empresas e dos respectivos quadros societários. Esse trabalho identifica vínculos entre empresas e servidores e entre licitantes, além da legalidade de fornecedores quanto a endereço e classificação de atividade econômica.A CGE criou essa diretoria, que também engloba a Corregedoria do Estado, para consolidar o uso da tecnologia e inovação no combate à corrupção.Atualmente, o setor responsável tem autonomia para, por exemplo, verificar rodízio entre licitantes, sócios comuns, superfaturamento e aumento de capital de empresas e servidores.O controlador-geral, Raul Siqueira, fala sobre o trabalho da Controladoria. //SONORA RAUL SIQUEIRA// Ele cita também que o Projeto Harpia, que está sendo desenhado junto com a Celepar, vai potencializar o controle das contas públicas.O serviço de inteligência dá suporte às ações de controle interno e auditorias. Com ele, foi possível analisar mais de 370 milhões de reais em contratações emergenciais, com dispensa de licitação por causa da covid-19, e impedir que 32 milhões fossem gastos em processos que continham alguma irregularidade.A Coordenadoria de Controle Interno analisa a conformidade dos processos feitos pelos órgãos e entidades estaduais com normas e legislação.Caso a equipe encontre algum procedimento que não atenda o que está normatizado, notifica o órgão responsável para que ele efetue um plano de ação para solucionar o problema.Só neste ano foram 153 planos de ação, indicados pela coordenadoria.Com a recente edição do decreto 5.880/2020, todos os órgãos e entidades da administração pública direta são obrigados a usar o mesmo sistema de Gestão de Materiais e Serviços,GMS.Com isso, os dados do Portal da Transparência seriam atualizados mais rápida e automaticamente.(Repórter: Marcelo Galliano)