Estado aumenta mapeamento nutricional da população e divulga hábitos alimentares

17/04/2024
O Governo do Estado monitora permanentemente a saúde dos paranaenses em todos os níveis e um dos resultados dessa ação é o aumento de 89% no número de pessoas que tiveram o estado nutricional avaliado nas Unidades de Saúde da Atenção Primária entre 2019 e 2022. Os dados são preocupantes e indicam alta prevalência de excesso de peso e maus hábitos, com excesso de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados. De acordo com um levantamento da Secretaria da Saúde, os hábitos alimentares de 2.936.220 pessoas foram avaliados na Atenção Primária à Saúde em 2022. Os números do ano passado envolveram cerca de 30% da população. De maneira geral, a avaliação consiste na aferição do peso e da altura e em aplicar uma ficha elaborada pelo Ministério da Saúde, disponível no e-SUS com perguntas referentes ao consumo alimentar. Em 2022, último dado consolidado, até aos seis meses, apenas 56% dos bebês foram alimentados exclusivamente com o leite materno, número que cai para 49% até os dois anos de idade. Desse público em específico, 75% das crianças receberam seis grupos alimentares no dia anterior à avaliação, dentre eles o leite materno ou outro leite e derivados; frutas, legumes e verduras; vegetais ou frutas fontes de vitamina A e ferro; carnes e ovos; feijão; e cereais e tubérculos. O levantamento também apontou que existe um elevado consumo de bebidas adoçadas em todas as faixas etárias, inclusive para crianças menores de dois anos. Dentre essa faixa etária, 34% já haviam consumido bebidas adoçadas. O consumo de alimentos ultraprocessados foi identificado em 53% das crianças menores de dois anos e ultrapassa 75% em todas as demais faixas analisadas. Como reflexo também dessa alimentação desequilibrada, o excesso de peso, que considera a somatória de sobrepeso e obesidade, apresenta níveis elevados no Paraná, com curva crescente ao longo do período analisado, com crescimento mais acelerado entre 2019 e 2021 e ligeira queda em 2022. Em 2020, esse índice ultrapassou pela primeira vez 50% da população consultada, o que se mantém até 2022, com 52,87%. A maior proporção de excesso de peso foi identificada na população adulta, com 69% do total, e, destas, 35% estavam com obesidade. (Repórter: Gustavo Vaz)