Especial Nova Ferroeste - No segundo dia, equipe técnica visita cooperativas paranaenses no Mato Grosso do Sul e apresenta projeto do traçado ferroviário
23/03/2021
Coamo e LAR, duas das principais cooperativas paranaenses instaladas no Mato Grosso do Sul, conheceram nesta terça-feira, os detalhes do projeto da Nova Ferroeste. A apresentação foi feita por técnicos do grupo de trabalho criado pelos governos do Paraná e do Mato Grosso do Sul para desenvolver a nova malha ferroviária. A via terá 1.285 quilômetros de extensão e vai ligar Maracajú, no Mato Grosso do Sul ao Porto de Paranaguá, dando origem ao segundo maior corredor de exportação de grãos e contêineres do País.
O coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, destacou ter sido mais um dia bastante proveitoso, onde pode perceber como o mercado está carente de uma infraestrutura logística ferroviária. //SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES//
Instalada em Dourados, segunda cidade mais populosa do Mato Grosso do Sul com aproximadamente 225 mil habitantes, a divisão de soja da Coamo entrou em operação em novembro de 2019, com um investimento estimado em 800 milhões de reais. Emprega 400 funcionários diretamente, quadro que sobe para cerca de 1.500 pessoas quando considerado os postos indiretos. A cooperativa nasceu em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do Paraná.
Gerente da indústria de óleo, Emerson Abrahão Mansano afirmou que a construção de um eixo ferroviário com a inclusão de Dourados vai permitir à Coamo ganhar competitividade, especialmente por causa da redução do custo da operação, estimado em 27% nas exportações. //SONORA EMERSON ABRAHÃO MANSANO//
O gerente industrial da unidade sul-mato-grossense da LAR, que tem a sede principal em Medianeira, no Oeste paranaense, Thales da Silva, afirmou que vai facilitar muito a logística de movimentação de grãos. O custo de transportar pela ferrovia será menor e com menos perdas. //SONORA THALES DA SILVA//
O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior.
A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do PIB, o Produto Interno Bruto brasileiro.
A expectativa, de acordo com os técnicos, é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 54 milhões de toneladas por ano, ou aproximadamente 2/3 da produção da região. 74% seriam de cargas destinadas para a exportação.
Ainda não há definição de valor final para a construção justamente pelo projeto estar em fase preliminar. A expectativa, contudo, é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, com sede em São Paulo, até novembro deste ano. O consórcio que arrematar a concessão será responsável pelas obras.
Além das visitas às cooperativas, o comitê técnico vistoriou pontos sensíveis do futuro traçado da nova malha ferroviária, tanto em Dourados quanto em Caarapó. A avaliação do grupo é que o território do Mato Grosso do Sul não apresenta dificuldades.
O terceiro dia da visita ao novo traçado da Ferroeste, nesta quarta-feira, prevê a vistoria de pontos em Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR). Haverá também um encontro com líderes políticos e empresariais de Guaíra. (Repórter: Flávio Rehme)
O coordenador do Grupo de Trabalho Ferroviário do Estado do Paraná, Luiz Henrique Fagundes, destacou ter sido mais um dia bastante proveitoso, onde pode perceber como o mercado está carente de uma infraestrutura logística ferroviária. //SONORA LUIZ HENRIQUE FAGUNDES//
Instalada em Dourados, segunda cidade mais populosa do Mato Grosso do Sul com aproximadamente 225 mil habitantes, a divisão de soja da Coamo entrou em operação em novembro de 2019, com um investimento estimado em 800 milhões de reais. Emprega 400 funcionários diretamente, quadro que sobe para cerca de 1.500 pessoas quando considerado os postos indiretos. A cooperativa nasceu em Campo Mourão, na Região Centro-Oeste do Paraná.
Gerente da indústria de óleo, Emerson Abrahão Mansano afirmou que a construção de um eixo ferroviário com a inclusão de Dourados vai permitir à Coamo ganhar competitividade, especialmente por causa da redução do custo da operação, estimado em 27% nas exportações. //SONORA EMERSON ABRAHÃO MANSANO//
O gerente industrial da unidade sul-mato-grossense da LAR, que tem a sede principal em Medianeira, no Oeste paranaense, Thales da Silva, afirmou que vai facilitar muito a logística de movimentação de grãos. O custo de transportar pela ferrovia será menor e com menos perdas. //SONORA THALES DA SILVA//
O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior.
A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do PIB, o Produto Interno Bruto brasileiro.
A expectativa, de acordo com os técnicos, é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 54 milhões de toneladas por ano, ou aproximadamente 2/3 da produção da região. 74% seriam de cargas destinadas para a exportação.
Ainda não há definição de valor final para a construção justamente pelo projeto estar em fase preliminar. A expectativa, contudo, é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, com sede em São Paulo, até novembro deste ano. O consórcio que arrematar a concessão será responsável pelas obras.
Além das visitas às cooperativas, o comitê técnico vistoriou pontos sensíveis do futuro traçado da nova malha ferroviária, tanto em Dourados quanto em Caarapó. A avaliação do grupo é que o território do Mato Grosso do Sul não apresenta dificuldades.
O terceiro dia da visita ao novo traçado da Ferroeste, nesta quarta-feira, prevê a vistoria de pontos em Mundo Novo (MS) e Guaíra (PR). Haverá também um encontro com líderes políticos e empresariais de Guaíra. (Repórter: Flávio Rehme)