Especial Nova Ferroeste – Guaíra se planeja para receber o traçado
24/03/2021
O traçado da Nova Ferroeste vai entrar no Paraná, vindo do Mato Grosso do Sul, por Guaíra. Por causa do novo modal, a cidade da Região Oeste antecipou o planejamento e os investimentos. O município espera finalizar ainda neste ano um plano diretor completamente remodelado, alicerçado em quatro obras estruturantes. A principal delas é justamente a ferrovia. A revitalização da Ponte Ayrton Senna, a construção do contorno rodoviário da cidade e a criação de uma zona franca no município completam o conjunto de ações. Segundo o planejamento, Guaíra deve receber ainda um terminal de transbordo dentro do projeto da Nova Ferroeste. Idealizado pelo Governo do Paraná e com apoio do Governo do Mato Grosso do Sul, o novo corredor de exportação está em fase final de estudos de traçado e demanda. Serão 1.285 quilômetros ligando Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá. O grupo de trabalho com técnicos dos dois estados vistoriou Guaíra nesta quarta-feira. Ainda não há definição de valor final para a construção justamente pelo projeto estar em fase preliminar. Porém, a expectativa é colocar a ferrovia em leilão na Bolsa de Valores do Brasil até novembro. O consórcio que arrematar a concessão será responsável pelas obras. Heraldo Trento, prefeito de Guaíra, destacou o planejamento municipal, que já envolve esta intervenção ferroviária.// SONORA HERALDO TRENTO.//
Ele afirmou que o setor produtivo do município está totalmente mobilizado no apoio à construção da ferrovia. De acordo com os estudos preliminares, ela vai reduzir em média em 27% o custo dos empresários para exportar, dando mais competitividade ao mercado local. O prefeito disse ainda que Guaíra já recebeu a liberação para a implantação de uma área de livre comércio na cidade, criando uma alternativa ao comércio de mercadorias vindas do Paraguai. Outra obra importante destacada pela administração municipal é a construção do contorno da cidade. Ele terá mais de quatro quilômetros e meio de extensão, indo da BR-163, no acesso ao Mato Grosso do Sul, logo na primeira saída da ponte, à BR-272, na ligação com Umuarama. O valor total do investimento ultrapassa os 65 milhões e 800 mil reais, sendo quase 61 milhões e 400 mil do Governo do Estado. Guaíra ainda se prepara para modernizar a Ponte Ayrton Senna, que liga o município e o Paraná ao Mato Grosso do Sul, obra que receberá investimento total de pouco mais de 26 milhões e 170 mil reais, também via convênio com Itaipu. Desde sua inauguração, em 1998, a Ponte promove a integração das fronteiras agrícolas das regiões Norte e Centro-Oeste com a região Sul do País. Isso será complementado com a contribuição da Nova Ferroeste, conforme reforçou o diretor-presidente e um dos coordenadores do grupo de trabalho, André Gonçalves.// SONORA ANDRÉ GONÇALVES.//
Além de Guaíra, a comitiva da Nova Ferroeste visitou Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul. Foi apresentado, na Câmara de Vereadores da cidade, o estudo de demanda e traçado elaborado para a ferrovia. Município prioritariamente agrícola, Mundo Novo ambiciona receber um terminal de transbordo. O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior. A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do Produto Interno Bruto brasileiro. De acordo com os técnicos, a expectativa é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 54 milhões de toneladas por ano – ou aproximadamente dois terços da produção da região. 74% seriam de cargas destinadas para a exportação. Outras informações sobre o grupo de trabalho da Nova Ferroeste podem ser conferidas em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)
Ele afirmou que o setor produtivo do município está totalmente mobilizado no apoio à construção da ferrovia. De acordo com os estudos preliminares, ela vai reduzir em média em 27% o custo dos empresários para exportar, dando mais competitividade ao mercado local. O prefeito disse ainda que Guaíra já recebeu a liberação para a implantação de uma área de livre comércio na cidade, criando uma alternativa ao comércio de mercadorias vindas do Paraguai. Outra obra importante destacada pela administração municipal é a construção do contorno da cidade. Ele terá mais de quatro quilômetros e meio de extensão, indo da BR-163, no acesso ao Mato Grosso do Sul, logo na primeira saída da ponte, à BR-272, na ligação com Umuarama. O valor total do investimento ultrapassa os 65 milhões e 800 mil reais, sendo quase 61 milhões e 400 mil do Governo do Estado. Guaíra ainda se prepara para modernizar a Ponte Ayrton Senna, que liga o município e o Paraná ao Mato Grosso do Sul, obra que receberá investimento total de pouco mais de 26 milhões e 170 mil reais, também via convênio com Itaipu. Desde sua inauguração, em 1998, a Ponte promove a integração das fronteiras agrícolas das regiões Norte e Centro-Oeste com a região Sul do País. Isso será complementado com a contribuição da Nova Ferroeste, conforme reforçou o diretor-presidente e um dos coordenadores do grupo de trabalho, André Gonçalves.// SONORA ANDRÉ GONÇALVES.//
Além de Guaíra, a comitiva da Nova Ferroeste visitou Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul. Foi apresentado, na Câmara de Vereadores da cidade, o estudo de demanda e traçado elaborado para a ferrovia. Município prioritariamente agrícola, Mundo Novo ambiciona receber um terminal de transbordo. O projeto busca implementar o segundo maior corredor de transporte de grãos e contêineres do País, unindo dois dos principais polos exportadores do agronegócio brasileiro. Apenas a malha paulista teria capacidade maior. A área de influência indireta abrange 925 municípios de três países. São 773 do Brasil, 114 do Paraguai e 38 da Argentina. No Brasil, impacta diretamente 425 cidades do Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, totalizando cerca de 9 milhões de pessoas. A área representa 3% do Produto Interno Bruto brasileiro. De acordo com os técnicos, a expectativa é que pela Nova Ferroeste seja possível o transporte de 54 milhões de toneladas por ano – ou aproximadamente dois terços da produção da região. 74% seriam de cargas destinadas para a exportação. Outras informações sobre o grupo de trabalho da Nova Ferroeste podem ser conferidas em xoops.celepar.parana/migracao/secs_aenoticias. (Repórter: Wyllian Soppa)