Espaço Cultural BRDE reabre com novas exposições
22/02/2021
O Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões anunciou nesta segunda-feira sua reabertura ao público com a exposição O que resta, da artista Teca Sandrini. O espaço reabre adotando um plano gradual de volta ao atendimento presencial. Nas palavras da crítica de arte Maria José Justino, que assina a curadoria da exposição, o trabalho de Teca é inseparável de sua existência e os papéis de criadora e criatura se confundem constantemente. As retinas fatigadas de Sandrini prosseguem executando a sua reforma doméstica. A pintura continua passional, dramática, brutal, moldada quase que exclusivamente pela cor, que inscreve, no branco da tela, traços cruéis e fortes, escreve Justino em seu texto Teca Sandrini, água de todas as possibilidades. Estela Sandrini é formada em pintura na Escola de Música e Belas Artes do Paraná e tem especialização em Antropologia Filosófica pela Universidade Federal do Paraná. Trabalhou no ateliê do professor Juan Carlo Labourdette, em Buenos Aires ,Argentina, e no Maryland Institute of Art, nos Estados Unidos. Entre 2011 e 2017, foi diretora cultural do Museu Oscar Niemeyer. Participou de diversas exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior e possui obras em importantes acervos institucionais. A exposição foi selecionada pelo Programa de Artes Visuais do Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões e foi viabilizada por meio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Fundação Cultural de Curitiba e Prefeitura Municipal de Curitiba. A exposição conta com um formato híbrido de atividades, com uma programação online para ser acessada nas redes sociais do Espaço Cultural. As visitas presenciais devem ser agendadas pelo site brde.com.br/palacete. A partir de 1° de março, Mãe, mar, exposição da artista Livia Fontana, será apresentada na Sala da Torre, antiga cozinha da fase de moradia do Palacete. O trabalho realizado por Livia é uma reflexão sobre a fotografia na sociedade contemporânea, a partir de uma poética crítica que envolve a manipulação de imagens antigas e atuais, que partem de apropriações e acontecimentos da internet. É uma exposição sobre a vida cada vez mais vigiada, o imperativo de representar e a impossibilidade de desconexão, diz Amélia Correia que assina o texto crítico da mostra. O tema da erva-mate também estará presente na programação, com a exposição Narrativas e poéticas do mate, que integra o programa Circuito Ampliado – Acervos em Circulação, uma iniciativa de cooperação institucional idealizada pelo Museu Paranaense e pelo Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões. O programa tem como objetivo incentivar a pesquisa em acervos, estimular novos recortes curatoriais e proporcionar a ampliação de públicos com a circulação de acervos de Curitiba. A primeira iniciativa nesse sentido foi fomentar pesquisas sobre acervos relacionados à erva-mate, buscando amplificar as percepções sobre o patrimônio ervateiro a partir da perspectiva histórica, antropológica, artística e cultural. “Narrativas e poéticas do mate” apresentará um conjunto de rótulos ervateiros provenientes do acervo do Museu Paranaense, uma sala botânica, além de obras do artista Alfredo Andersen relacionadas à erva-mate. Durante a exposição, a Sala da Torre receberá a instalação O verde é o verde, da artista Eliane Prolik. Inaugurado em junho de 2005, o Espaço Cultural BRDE – Palacete dos Leões, localizado em Curitiba, é mantido e coordenado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. Oferecendo uma programação gratuita, realiza exposições e atividades relacionadas à arte contemporânea, arquitetura, história e patrimônio cultural. Sua programação contempla um programa de mostras temporárias de artistas nacionais e de exposições em parceria com outras instituições culturais. (Repórter Rudi Bagatini).