Escola Estadual em Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, aumenta Ideb e reduz evasão com recursos tecnológicos
14/03/2019
Em dois anos, o Colégio Estadual Frederico Guilherme Giese, em Piên, na Região Metropolitana de Curitiba, viveu uma transformação. A nota do Ideb, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, aumentou de 3,8 em 2015 para 5,4 em 2017, e a evasão escolar caiu de 15 para 7 por cento no mesmo período. Para o diretor do colégio, Josias Terres, o resultado está na equação mais aprendizagem e mais alunos em sala de aula, com a implantação da cultura digital, por meio do uso de recursos tecnológicos. Com isso, de acordo com o diretor, os pedagogos e a direção conseguem atuar em pontos estratégicos que ajudam a escola a melhorar a cada dia.// SONORA JOSIAS TERRES//Cada disciplina possui uma sala virtual onde os professores fazem as atividades, trabalhos e conteúdos pedagógicos para os estudantes. Para ter acesso ao material, os alunos fazem um cadastro na plataforma e recebem um código do professor. Nas salas virtuais, os estudantes podem fazer atividades individuais ou em grupo, no colégio ou em casa. Também é possível compartilhar trabalhos para edição simultânea de toda a equipe sem a necessidade de os alunos estarem no mesmo lugar. A professora de Química, Solene Forteski, afirma que as aulas são produtivas e aprimoradas com o uso desses recursos.// SONORA SOLENE FORTESKI//As 16 salas de aulas do Colégio Estadual Frederico Giese são conectadas a uma rede wi-fi de 60 megas, onde os alunos e professores podem usar nos celulares pessoais e tablets, notebooks, smart TVs e projetores do colégio para fazer trabalhos individuais ou em equipe. Eles também podem fazer provas e pesquisas orientadas pelos professores, além de aulas práticas relacionadas aos conteúdos das disciplinas. Para se conectar à internet, os alunos recebem uma senha e login provisório do professor que for usar os recursos tecnológicos em sala de aula. O acesso é liberado somente durante aquela aula específica e fora da sala, só é permitido navegar na internet nos intervalos, antes ou depois da aula. Para a professora de Arte, Marli Cordeiro, esses recursos ampliam as possibilidades de ensino e de aprendizagem e enriquecem os conteúdos dos livros didáticos.// SONORA MARLI CORDEIRO//Uma das pesquisas feitas pelo aluno do 1° ano do Ensino Médio, Guilherme Eduardo Sklarsky, de 15 anos, foi sobre os principais gêneros de dança contemporânea do Brasil. Ele conta que com a tecnologia, fica mais rápido e fácil entender.// SONORA GUILHERME EDUARDO SKLARSKY//Os alunos do 9° ano João Vitor Gruber e Jaqueline Maria Liebl, de 14 anos, são representantes da turma. Como eles, outros alunos pedem licença para o professor para mexer no celular. Em dois minutos, eles respondem no próprio celular dez perguntas sobre a aula e o comportamento dos colegas. Assim que fecham o formulário, as informações são enviadas para os celulares do diretor e dos pedagogos. João conta que o objetivo é ajudar a turma.// SONORA JOÃO VITOR GRUBER//A atividade faz parte do programa Caderno do Líder, iniciado nesse ano. No fim de cada mês, diretor e pedagogos reúnem as informações e elaboram ações pontuais para resolver as questões apontadas pelos alunos, como faltas, reposição de conteúdos e dificuldades para acompanhar as aulas. (Repórter: Priscila Paganotto)