Equipes da Portos do Paraná explica detalhes da obra de derrocagem a comunidades das ilhas

26/08/2021
Equipes da Portos do Paraná e do Consórcio Boskalis/ Fabio Bruno/Sli/Dec realizaram nos últimos dias visitas a comunidades de ilhas do Litoral do Paraná para falar sobre a obra de desmonte de rochas, que vai acontecer no Porto de Paranaguá.
Os profissionais foram em casas e comércios, para conversar com moradores locais sobre como vai acontecer a remoção de um pequeno pedaço do maciço rochoso conhecido como Pedra da Palangana.
A ação aconteceu nas ilhas do Valadares, Teixeira, Europinha, Amparo, Eufrasina Piaçaguera e São Miguel. Além de entender como vai ser a obra, a necessidade para segurança ambiental e o cronograma de atividades, os pescadores, comerciantes e familiares foram alertados sobre notícias falsas divulgadas através de redes sociais. Fake News mentiam, por exemplo, ao informar que a Ponta da Cruz seria destruída e que o canal da Cotinga seria fechado.
Para o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, a visitação nas comunidades demonstra o respeito que o porto tem pelos moradores e essa conversa ajuda a entender a derrocagem e todos os cuidados que estão sendo tomados para que o ambiente em que vivem seja afetado da menor forma possível, sendo uma obra importante para diminuir os riscos de acidentes à navegação.
O protocolo de avistamento de mamíferos marinhos prevê quatro observadores de bordo. Se houver a visualização de animais nas proximidades, as detonações, são paralisadas, até que se afastem do local. Peixes, tartarugas e mamíferos são afastados, também, através de detonação antecipada de cargas reduzidas e uso de dispositivos acústicos.
Após cada detonação serão realizadas vistorias para encontrar animais debilitados que, caso encontrados, serão coletados e direcionados para reabilitação.
Um dia antes do início das detonações, serão instaladas redes espinheis com anzóis circulares, para não machucar os animais. Aqueles que forem capturados serão medidos, transportados e soltos em outra área na baía de Paranaguá. A obra vai contar com tecnologia de ponta para proteger animais marinhos. Uma cortina de bolhas será acionada antes de cada detonação, provocando uma barreira de isolamento físico e acústico no entorno das rochas.
Durante o tempo da obra, a circulação de pequenas embarcações não será impactada e não será obstruído o acesso ao canal da Cotinga. Quatro boias de sinalização estão instaladas ao redor da obra e avisos sonoros serão utilizados para alertar sobre a detonação, 20 minutos antes, 5 minutos, 1 minuto e de forma interrupta até o término.
A dragagem por derrocamento é a remoção de um pequeno pedaço do maciço rochoso, um volume de 22 mil e 300 metros cúbicos, das formações conhecidas como a “Pedra da Palangana”. O complexo todo tem mais de 200 mil metros cúbicos e a ação atinge apenas 12% da pedra. A obra é aguardada há anos por toda a comunidade portuária, pois os picos de pedra oferecem riscos à navegação e ao meio ambiente.
A obra segue todas as exigências do órgão ambiental máximo federal, com licença ambiental emitida pelo IBAMA.
A Portos do Paraná disponibiliza uma página especial sobre o assunto, com o cronograma completo das obras, no site portosdoparana.pr.gov.br . Mais informações sobre a derrocagem podem ser obtidas através do telefone 0800 041 1133 ou e-mail ouvidoria.appa@appa.pr.gov.br. (Repórter: Flávio Rehme)