Em um ano, cooperativas familiares movimentam 3 milhões de reais na Ceasa de Curitiba

15/06/2021
Em um ano, as cooperativas da agricultura familiar comercializaram cerca de 3 milhões de reais em produtos alimentícios na unidade da Ceasa de Curitiba, com uma média de 1.800 caixas de frutas e hortaliças por semana. Atualmente, 1.200 produtores vendem na Ceasa.
Até pouco tempo, agricultores familiares enfrentavam dificuldades para vender os produtos na unidade da Capital. No ano passado uma parceria firmada entre a Central e o IDR-Paraná, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná-Iapar-Emater, iniciou a articulação das cooperativas deste segmento na Região Metropolitana de Curitiba para que elas pudessem atuar no espaço Mercado do Produtor, que é o ponto de comercialização para quem não tem um box fixo.
A iniciativa ganhou força e o número de cooperativas que participam do trabalho vem aumentando todos os meses.
Segundo o extensionista Dalvan Mallmann, do IDR-Paraná, um dos desafios dos produtores é justamente consolidar os canais de comercialização. No Paraná muitas cooperativas participam de programas institucionais como o da merenda escolar. Neste caso, o valor é limitado por unidade familiar e pelo calendário escolar. //SONORA DALVAN MALLMANN//
A possibilidade de expandir o horizonte de comercialização é, de fato, a maior vantagem da atuação no espaço da Ceasa, segundo Sérgio de Oliveira Brito, presidente da Coopertijucas, Cooperativa de Produtores de Cogumelos de Tijucas do Sul. Ele disse que desde a criação, em 2013, a cooperativa tinha sua clientela concentrada em Curitiba. Há um ano e meio, quando passou a vender na Ceasa, a Coopertijucas viu as vendas aumentarem. //SONORA SERGIO DE OLIVEIRA BRITO//
Os servidores do IDR-Paraná fazem reuniões técnicas nas cooperativas e visitas para avaliar as condições necessárias para atender as demandas do mercado. O trabalho também envolve as prefeituras que participam da implementação do Programa de Desenvolvimento Agroalimentar da Região Metropolitana de Curitiba.
Inicialmente apenas três cooperativas aceitaram o desafio de vender na Ceasa, de uma a duas vezes por semana. Aos poucos, mais organizações apostaram na ideia e a ocupação do espaço do Mercado do Produtor, durante toda a semana, ficou mais regular. Apesar do agravamento da pandemia, o mercado de alimentos se manteve estável e os produtores continuam a vender a produção. Hoje, 11 cooperativas participam desse trabalho. (Repórter: Flávio Rehme)