Em Londrina, exposição permanente resgata memória de indígenas da região a partir deste sábado

05/12/2019
O Museu Histórico de Londrina, órgão suplementar da UEL, Universidade Estadual de Londrina, inaugura neste sábado a exposição “Inclusão da memória indígena na exposição permanente do Museu Histórico de Londrina”. A mostra será aberta oficialmente às 10 horas da manhã no museu, que fica no centro da Cidade. Também será lançada a Quinta Mostra Cultural Caingangue. A exposição permanente é resultado do trabalho desenvolvido por um grupo de pesquisadores, em parceria com lideranças indígenas dos povos Caingangue, Guarani, Xetá, que também conta com apoio da diretoria do Museu, além de recursos do Programa Municipal de Incentivo à Cultura. Com a ausência da história e participação dos povos indígenas em espaços permanentes do Museu, criados em 1980 e que contam parte do período da colonização da cidade, o objetivo geral da iniciativa é amenizar esta lacuna, destinando espaço específico à memória dos povos da região, além de promover o diálogo com a comunidade não-indígena de Londrina e região. A ideia surgiu no ano passado, com a então diretora do museu Regina Allegro. A atual diretora do espaço, Edmeia Ribeiro, explicou que o objetivo é promover um resgate histórico. // SONORA EDMEIA RIBEIRO //
De acordo com as informações levantadas pelo projeto, os povos indígenas sempre estiveram presentes na história do norte do Paraná e de todo o Estado. A atual exposição permanente do Museu Histórico mostra o processo de criação do Norte Pioneiro, com poucas referências aos povos indígenas que viviam na região, e não faz nenhuma menção aos povos que ainda vivem na região. A exposição ainda narra que a chegada dos colonizadores ocorreu em meio ao vazio demográfico, porque eliminou a presença dos povos indígenas que já habitavam o território. As pesquisas para a curadoria já são promovidas desde 2016, como resultado da parceria entre o Museu Histórico de Londrina e o Centro de Memória e Cultura Caingangue. Mais informações estão na página www.uel.br. (Repórter: Rodrigo Arend)