Do óleo às farinhas: como os grãos produzidos pelas cooperativas paranaenses chegam à mesa do consumidor

24/11/2020
Margarina, óleos, farinhas, misturas para pães e bolos e cafés. A variedade de produtos é grande e cada vez mais trazem no rótulo a marca de cooperativas paranaenses. A produção de grãos no estado é destinada sobretudo à exportação para alimentação animal. No entanto, as cooperativas têm investido na ampliação das unidades para processar estes grãos e fornecê-los como produto acabado para o consumidor final. De acordo com a Ocepar, o Paraná conta com 18 agroindústrias de processamento de grãos, açúcar e café ligadas a cooperativas. Em Ponta Grossa, o moinho Herança Holandesa, do grupo Unium, que reúne as cooperativas Frísia, Castrolanda e Capal, foi pensado para produzir farinhas especiais para linhas industriais do mercado B2B. O moinho emprega cerca de 100 pessoas, de forma direta e indireta, e produz 450 toneladas de trigo por dia. A maior parte da matéria-prima usada no moinho vem dos cooperados da região dos Campos Gerais ligados à Frisia, Capal e Castrolanda. Segundo Cleonir Vitório Ongarato, coordenador de negócios da Herança Holandesa, são feitas na unidade as farinhas premium, tradicional e integral.// SONORA CLEONIR VITÓRIO ONGARATO.//
Cleonir ressalta que o projeto da cooperativa é conquistar o mercado de dentro para fora.// SONORA CLEONIR VITÓRIO ONGARATO.//
A Coamo completa 50 anos de existência este ano. Com unidades em Campo Mourão, Paranaguá e em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a cooperativa emprega cerca de 12 mil pessoas só no processo fabril dos produtos. Com as marcas Coamo, Primé, Aniella e Sollos, a cooperativa vende farinhas, óleos, margarinas, massas prontas para pães e bolos, fios de algodão e café. O presidente-executivo da Coamo, Airton Galinari, destaca que, além de fomentar e dar suporte ao plantio, a empresa tem investido na industrialização dos produtos.// SONORA AIRTON GALINARI.//
Airton Galinari explica que a maior parte dos produtos da cooperativa é destinada ao mercado interno.// SONORA AIRTON GALINARI.//
No Oeste do Paraná, a cooperativa C. Vale também é destaque na produção de grãos, sobretudo para alimentação animal. Sozinha, ela responde por 2,16% de toda a produção de soja do Brasil. Cerca de 65% da produção é destinada para exportação, atendendo 70 países. De acordo com o presidente da cooperativa, Alfredo Lang, a C. Vale iniciou em 2020 o planejamento dos próximos 30 anos. Em parceria com o Governo do Estado, por meio de incentivos fiscais, a associação começa a construir em 2021 uma indústria de esmagamento de soja dentro do complexo de Palotina. Prevista para ser concluída em 2023, a nova estrutura vai exigir investimentos de 552 milhões de reais em oito anos. Inicialmente, segundo Alfredo Lang, o novo empreendimento resultará na criação de 70 empregos diretos.// SONORA ALFREDO LANG.//
O Governo do Estado criou o projeto Feito no Paraná. O objetivo é dar mais visibilidade para a produção estadual, estimulando a valorização e a compra de mercadorias paranaenses. Empresas paranaenses interessadas em participar do programa podem se cadastrar pelo site www.feitonoparana.pr.gov.br. (Repórter: Amanda Laynes)