Dias frios: alimentação deve manter legumes e frutas e dispensar ultraprocessados

06/06/2024
Apesar da oscilação entre dias frios e quentes, em junho inicia a estação mais gelada do ano. Nesta mesma época muitas pessoas mudam a rotina alimentar para se manterem aquecidas. Habitualmente, a população diminui o consumo de alimentos que são fundamentais para a proteção e nutrição do organismo, caso dos legumes, verduras e frutas, além da redução da ingestão de água que ocorre nos dias frios. Elaine Cristina Vieira, nutricionista e coordenadora de Promoção da Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, lembra que o sistema imunológico do corpo humano funciona a partir de uma série de reações que dependem dos nutrientes ingeridos por meio de alimentos de qualidade. // SONORA ELAINE CRISTINA VIEIRA //

A nutricionista ainda observa que, neste período, aumenta a busca por alimentos ultraprocessados, como os instantâneos e prontos para o consumo, afetando a qualidade global da alimentação e impactando no estado nutricional da população. // SONORA ELAINE CRISTINA VIEIRA //

Com as temperaturas mais baixas também é comum optar por consumir mais caldos e sopas. Além de aquecer o corpo, eles ajudam na hidratação, já que contém uma boa quantidade de água. A recomendação é evitar as sopas industrializadas, já que são ricas em sódio, gorduras e conservantes. O preparo de caldos e sopas deve ser com uso de legumes e verduras, cereais e tubérculos, temperos naturais, com pouca adição de óleos, gorduras e sal. Ficar bem hidratado, mesmo em dias frios, é crucial. A recomendação é priorizar o consumo de água pura, ou “temperada” com rodelas de limão ou folhas de hortelã, por exemplo. Também é parte da nossa cultura alimentar o consumo de bebidas como café e chá. Neste caso, convém não adicionar açúcar ou, pelo menos, reduzir a quantidade ao mínimo. O último relatório publicado pela Secretaria da Saúde, sobre a Situação Alimentar e Nutricional do Paraná de 2012 a 2022, identificou a presença de alimentos ultraprocessados e bebidas açucaradas na alimentação da maioria dos paranaenses avaliados em todas as fases da vida, inclusive em crianças menores de dois anos. (Repórter: Gustavo Vaz)