Diamante do Sul é exemplo de como a sericicultura ajuda a manter produtores no meio rural
29/09/2021
A sericicultura, cadeia de produção da seda, é uma atividade valorizada no Paraná porque ajuda a manter o produtor no campo e garante o retorno de famílias da cidade para a área rural. Diamante do Sul, na região Centro-Sul do Estado, é um exemplo. O município está entre os maiores produtores de casulo de bicho-da-seda do Estado, junto com Nova Esperança e Astorga. A tolerância da amoreira às instabilidades climáticas e os bons preços do mercado têm colaborado para garantir a rentabilidade. Em muitos casos os lucros com a atividade superam os ganhos obtidos com outras culturas, como a soja e o milho. A mecanização do trabalho também contribui para que mais agricultores apostem na criação do bicho-da-seda. Conforme dados do Deral, o Departamento de Economia Rural, o Estado conta com mais de 1.800 produtores de casulos da seda, em 176 municípios. As amoreiras ocupam 4.700 hectares e o Paraná já responde por 83% de toda a produção nacional de fios de seda. Atualmente 140 produtores se dedicam à sericicultura em Diamante do Sul. A produção média é de 1.254 quilos de casulo por hectare por ano, proporcionando uma remuneração bruta de quase 27 mil reais por hectare por ano. Esse valor supera em mais de nove mil reais por hectare o resultado obtido com a soja e o milho safrinha juntos, conforme dados do Valor Bruto da Produção 2018/2019, calculado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento. O Governo do Paraná investe na valorização da cadeia da seda. Em julho, foi anunciada a criação do Palácio da Seda, projeto que agrega moda, turismo e cultura, aliados ao estímulo à produção. Em fase final da elaboração, o equipamento vai ser instalado na histórica Casa Andrade Muricy, na região Central de Curitiba. (Repórter: Gustavo Vaz)