Destaque na produção de uva, Bituruna busca selo de procedência

25/02/2021
Na entrada de Bituruna, no Sul do Paraná, quem chega se depara com um imenso cacho de uva encostado em um grande garrafão de vinho, dando dimensão de como a fruta e seus derivados são características marcantes da cidade. O produto movimenta a economia do pequeno município de pouco mais de 16 mil habitantes, colonizado por descendentes de imigrantes italianos que trouxeram do Rio Grande do Sul a paixão pelos parreirais. A uva é um dos tantos itens no variado cardápio da agricultura paranaense, que tem potencial para ajudar a alimentar o mundo. Renato Jair Sandi é um dos principais produtores de Bituruna. Produz, em média, cerca de 30 toneladas por ano, entre as rústicas e as de mesa. Renato diz que a uva da região é diferenciada.// SONORA RENATO JAIR SANDI.//

De acordo com o Departamento de Economia Rural, vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, Bituruna produziu 250 toneladas da uva de mesa espalhadas em dez hectares de plantação no ano passado. Foram outras 780 toneladas da fruta para vinho, em uma área de 85 hectares. O técnico agrícola do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, Marcos Ludorf, explica que é possível notar que a produção da uva de mesa vai ganhando mais espaço por causa do valor agregado.// SONORA MARCOS LUDORF.//

O empresário Everton Sandi conta que o avô levou para Bituruna a tradição já consolidada no Rio Grande do Sul, abrindo a jornada da família nos parreirais paranaenses. O pai seguiu a tradição até o negócio chegar à terceira geração. Junto com os irmãos, Everton deu o impulso que faltava para a vinícola Di Sandi prosperar. Hoje a colheita de uva na propriedade de mais de 8 hectares chega a 180 toneladas por ano. Fruta transformada em mais de 200 mil litros de vinho, em uma carta que contempla mais de dez tipos da bebidas, além de espumantes, grappa e sucos.// SONORA EVERTON SANDI.//

Outra particularidade do município é a uva casca dura. A fruta recebe esse nome justamente por ter a casca mais resistente do que o normal. Produto que busca ser reconhecido nacionalmente com o selo de Indicação Geográfica, que poderá ser replicado nas bebidas derivadas desta qualidade de uva. O processo está em andamento no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. (Repórter: Rudi Bagatini)