Defesa Civil Estadual vistoria áreas em Morretes afetadas pela enxurrada de fevereiro

07/03/2025
Uma equipe técnica da Defesa Civil Estadual formada por geólogos e um operador de drone esteve em Morretes nesta quinta-feira para uma série de vistorias em locais afetados pela enxurrada do dia sete de fevereiro. O procedimento foi solicitado pela prefeitura e ocorreram nas áreas rurais do município, algumas de difícil acesso. Os laudos são finalizados nas próximas semanas, com orientações específicas para cada situação. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Morretes, Edson Alves, existem 27 áreas de risco no município, onde vivem 1.200 famílias. // SONORA EDSON ALVES //  

Na localidade de Marta, o movimento de uma encosta provocou o deslizamento de um barranco que chegou a oito metros de largura nos fundos de uma residência de alvenaria. Sem a cobertura da vegetação e com a inclinação de árvores na parte superior, há o risco de novos movimentos de massa em caso de chuva forte. O morador, o empresário Eclair Andriola, contou que tudo aconteceu durante a noite. // SONORA ECLAIR ANDRIOLA // 

O maior número de áreas de risco está na zona rural, no trecho de encosta entre o kms 18 e 36 da BR-277. Na comunidade Candonga foi o caso mais grave. A enxurrada levou uma parte da estrutura de três casas de alvenaria, às margens do rio Sagrado. A força da água arrastou rochas de tamanhos variados e mudou o curso do rio, aproximando a correnteza dos imóveis. O aposentado Rubens da Silva estava no imóvel na noite da enxurrada e abandonou o local por volta das dez da noite daquele dia. // SONORA RUBENS DA SILVA //

Para o geólogo Rogério Felipe, que liderou a vistoria, a sugestão é de que estes imóveis sejam interditados. // SONORA ROGÉRIO FELIPE // 

A poucos metros dali, uma ponte que dá acesso à estrada das Canavieiras foi arrastada e um acesso provisório permite a passagem de veículos. Uma nova estrutura de alvenaria está sendo construída no local. A Defesa Civil Estadual apontou algumas adequações no projeto para aumentar a área de vazão em caso de cheia. Na mesma estrada, uma queda de barreira deixou um poste de energia a poucos centímetros de um barranco com seis metros de altura. No bairro Pindaúva a água arrastou outra ponte e isolou duas residências. Os moradores fizeram um acesso temporário e aguardam o reparo definitivo. (Repórter: Gustavo Vaz)