De olho no futuro, Itaipu aposta na parceria ambiental e de infraestrutura com o Paraná

27/10/2021
O general João Francisco Ferreira, diretor-geral brasileiro de Itaipu Binacional, destacou nesta terça-feira, que os investimentos em obras, infraestrutura, meio ambiente e proteção das bacias hidrográficas que alimentam o reservatório de água de 1.350 quilômetros quadrados vão seguir na pauta de prioridades da empresa nos próximos anos. Ele também ressaltou a maior parceria da história com o Governo do Estado e investimentos que ultrapassam um bilhão e 500 milhões de reais em ações com o Executivo e a Sanepar no Oeste e Noroeste do Paraná. 
De acordo com o General Ferreira, são ações importantes para o Estado e para Itaipu Binacional em diversas áreas, uma parceria institucional que fortalece o Paraná, com obras importantes para o Brasil. //SONORA JOÃO FRANCISCO FERREIRA//
Segundo ele, esse pacote de investimentos é parte da missão institucional da empresa na área de influência dos rios que desaguam no Lago de Itaipu e tem como meta o desenvolvimento regional, mas também é dirigida à preservação da vida útil do reservatório.
Segundo Ferreira, os investimentos em andamento no Paraná, envolvem obras em Foz do Iguaçu, onde fica a usina hidrelétrica, e em outras áreas da região, compreendida por 55 municípios paranaenses e um sul-mato-grossense. Os aportes financeiros têm como foco o desenvolvimento econômico e social da região, realidade espelhada na margem paraguaia, e os esforços para a criação de um corredor bioceânico multimodal conectando o Atlântico ao Pacífico, facilitando a integração da América do Sul. 
Ele citou quatro intervenções em Foz do Iguaçu, todas com apoio do Estado: a ampliação da pista do Aeroporto Internacional Cataratas, a Ponte da Integração Brasil-Paraguai, a perimetral leste e a duplicação da Rodovia das Cataratas, que deve ter obras iniciadas em 2023.
Também apresentou detalhes das obras em execução nas demais regiões do Estado, como a duplicação da BR-277 e do Contorno Oeste, em Cascavel, a pavimentação da Estrada Boiadeira, entre Icaraíma e Umuarama, a nova sede do Batalhão de Fronteira em Guaíra, a Delegacia da Mulher e do Instituto de Identificação em Foz do Iguaçu e investimentos de mais de 84 milhões de reais em saneamento ambiental em 12 municípios.
O diretor-geral de Itaipu destacou ainda, a relação com o Governo do Estado ser muito profissional e transparente. //SONORA JOÃO FRANCISCO FERREIRA//
O general Luiz Felipe Carbonell, diretor de Coordenação de Itaipu Binacional, reforçou que os investimentos da Usina tem a missão de investir na região, na chamada bacia de contribuição. //SONORA LUIZ FELIPE CARBONELL//
Segundo Carbonell, o benefício ambiental envolve um trabalho estimado em 30 milhões de dólares por ano. Ele citou entre as ações a consolidação da faixa de proteção do lago com 250 metros de largura, o plantio de 24 milhões de mudas de árvores, a retenção de três mil toneladas de carbono por ano, 30 vezes mais do que a emissão, a implementação orgânica dos 17 ODS, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, trabalho reconhecido internacionalmente pela ONU, além de educação ambiental com pescadores, indígenas e agricultores, análise de sedimentos, monitoramento da qualidade da água, e incentivo ao saneamento.
Também foram abordados diversos outros aspectos do planejamento da Itaipu Binacional para os próximos anos, como a programação de redução da tarifa de energia elétrica, as negociações do Anexo C do Tratado a partir de 2023, investimentos em novas fontes de energia, o plano de atualização tecnológica, reflexos da crise hídrica sobre a produção diária e o fim da dívida da construção da barragem.
O diretor-geral brasileiro também fez um balanço da produtividade, que é referência em uma usina hidrelétrica no mundo. Esse componente mede a relação entre volume de água que passa na turbina e a quantidade de energia elétrica gerada.
Ele também disse que a crise hídrica e a formatação atual da produção de energia, resultam em menos produção. Diante desse quadro, a estimativa é produzir 68 milhões de megawatts/hora em 2021, 65% ao melhor ano da história, em 2016, com mais de 100 milhões megawatts/hora. No ano passado foram 75 milhões megawatts/hora. No mundo só Itaipu Binacional e Três Gargantas, na China, ultrapassam 50 milhões megawatts/hora ao ano. 
Os diretores da Itaipu também apresentaram o conceito de Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, área de mais de 100 mil hectares na região da usina que ganhou o maior status de proteção ambiental global, reconhecido pela Unesco.
Outras afirmações feitas pelos diretores da Usina, com jornalistas de diversos sites especializados do setor elétrico e grandes veículos nacionais, podem ser conferidas em www.aen.pr.gov.br . (Repórter: Flávio Rehme)