Das universidades ao mercado: produtos que nasceram de pesquisas apoiadas pelo Estado

06/09/2024
O programa Prime, do Governo do Paraná, transforma projetos acadêmicos em negócios e serviços para a população, capacitando pesquisadores de instituições de ensino e tecnologia para alinharem seus experimentos às demandas de mercado. Desde 2021, o Prime já treinou 248 profissionais, promovendo a transferência de tecnologia e o fortalecimento do ecossistema de inovação. Em 2024, o número de finalistas passou de cinco para dez, com cada um recebendo 200 mil reais para desenvolver suas soluções. O aporte total é de 2 milhões de reais, com recursos do Fundo Paraná, gerido pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O programa Prime tem ajudado a transformar estudos científicos em soluções comerciais, incentivando o surgimento de startups. Um exemplo é o professor Admilton Gonçalves de Oliveira Júnior, da UEL, finalista da primeira edição, que criou um bioproduto para controle de doenças em plantas, como mofo branco e ferrugem da soja. A tecnologia já foi certificada pelo programa Patentes Verdes do Inpi e está pronta para produção em larga escala, com negociações avançadas para licenciamento com uma multinacional do setor agrícola. Para o professor Admilton Oliveira os workshops influenciaram no desenvolvimento do grupo de pesquisa e na relação com o setor privado. // SONORA ADMILTON OLIVEIRA //

A professora Érika Seki Kioshima Cotica, da UEM, participou do Prime 2022 com uma pesquisa sobre moléculas antifungicidas, que podem melhorar a qualidade dos alimentos e a produção agrícola. A solução visa controlar infecções fúngicas, com benefícios para a saúde humana e animal, mas ainda precisa passar por mais etapas antes de ser comercializada. A docente reforça os benefícios do programa governamental de empreendedorismo e inovação universitária. // SONORA ERIKA SEKI //

O pesquisador Bruno Leandro Pereira, da PUCPR, desenvolveu um implante veterinário de baixo custo que é absorvido pelo organismo, eliminando a necessidade de nova cirurgia. O projeto, que participou do Prime em 2023, está em negociação com empresas de Medicina Veterinária, e o incentivo recebido está sendo utilizado para adequar o produto ao mercado. Bruno Pereira destaca a importância do Prime para ampliar a rede de contatos com o mercado. // SONORA BRUNO PEREIRA //

A tecnóloga em alimentos Silviane Aparecida Tibola, finalista do Prime 2023, criou o Queijo Cumbuca, um equipamento que molda o queijo em formato de recipiente para adicionar alimentos como massas e caldos. A inovação pode ser aplicada em bares, restaurantes, eventos e na culinária doméstica, e segundo a pesquisadora, já tem previsão de lançamento. // SONORA SILVIANE TIBOLA //

Mais detalhes sobre o Prime estão disponíveis no site da Agência Estadual de Notícias, o www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Gabriel Ramos)