Curitiba tem a primeira delegacia especializada do Brasil para investigar crimes sem solução
28/05/2021
Cada segundo, cada minuto, cada hora é crucial em uma investigação de homicídio. É o tempo que faz a diferença. Isso porque quanto mais tempo se passa depois do crime, mais complexa se torna a investigação. Investimentos da Secretaria de Estado da Segurança Pública e a integração das forças policiais têm resultado em alto índice de elucidação de homicídios no Paraná. Em Curitiba, o índice de resolução superou 100% no primeiro trimestre de 2021. Apesar da celeridade, há crimes que representam um desafio ainda maior. Nesses casos, é fundamental que o período para determinar o autor não ultrapasse 20 anos, porque depois de duas décadas o crime prescreve, conforme determina o Código Penal brasileiro. A Secretaria da Segurança Pública, no anseio em dar uma resposta aos crimes até então não esclarecidos, criou, por meio da Polícia Civil do Paraná, a primeira delegacia do Brasil especializada em crimes sem solução. Fruto de um esforço conjunto para solucionar crimes antigos e desafogar as delegacias de homicídios da cidade, que atendem às diversas regiões da Capital, foi criada em 2014 a Delegacia de Homicídios de Maior Complexidade, integrante da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Paraná. O Objetivo é impedir a impunidade, por meio de investigações que evitem a prescrição, esclareçam o crime e apontem o culpado. A especializada foi regionalizada e cada cartório dessa delegacia atende determinados bairros de Curitiba, da mesma forma como é hoje a regionalização das delegacias de homicídios, da primeira. De acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Rockembach, essa regionalização potencializou o cruzamento de dados.// SONORA SILVIO ROCKEMBACH.//
O delegado titular Marcos Fernando da Silva Fontes explica que para atingir o objetivo de solucionar os crimes, além de serem bons entrevistadores, os policiais precisam, ainda, conhecer cartografia, urbanismo, mobilidade social e ter noções das ciências forenses, para que possam reconstruir no inquérito um fato histórico.// SONORA MARCOS FERNANDO DA SILVA FONTES.//
Camila Cecconello, delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, comenta que a participação da população e a confiança no trabalho da polícia têm sido base para o trabalho de investigação.// SONORA CAMILA CECCONELLO.//
Embora 80% dos casos de homicídios estejam ligados ao tráfico de drogas e ao crime organizado, a Polícia Civil investiga também crimes de outra natureza. Como, por exemplo, o caso de Aparecida de Fátima Alves Garcia, de 34 anos, que foi estuprada e morta na Cidade Industrial de Curitiba, em 2010. O caso parecia sem solução. O crime só foi desvendado quase 10 anos depois, quando o DNA do suspeito foi incluído na rede Nacional de Perfis Genéticos. O crime foi o primeiro caso de DNA na elucidação de homicídio no Paraná. (Repórter: Rudi Bagatini)
O delegado titular Marcos Fernando da Silva Fontes explica que para atingir o objetivo de solucionar os crimes, além de serem bons entrevistadores, os policiais precisam, ainda, conhecer cartografia, urbanismo, mobilidade social e ter noções das ciências forenses, para que possam reconstruir no inquérito um fato histórico.// SONORA MARCOS FERNANDO DA SILVA FONTES.//
Camila Cecconello, delegada-chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, comenta que a participação da população e a confiança no trabalho da polícia têm sido base para o trabalho de investigação.// SONORA CAMILA CECCONELLO.//
Embora 80% dos casos de homicídios estejam ligados ao tráfico de drogas e ao crime organizado, a Polícia Civil investiga também crimes de outra natureza. Como, por exemplo, o caso de Aparecida de Fátima Alves Garcia, de 34 anos, que foi estuprada e morta na Cidade Industrial de Curitiba, em 2010. O caso parecia sem solução. O crime só foi desvendado quase 10 anos depois, quando o DNA do suspeito foi incluído na rede Nacional de Perfis Genéticos. O crime foi o primeiro caso de DNA na elucidação de homicídio no Paraná. (Repórter: Rudi Bagatini)