Copel alerta sobre risco de balões e pipas para a rede elétrica

24/06/2021
Brinquedos tradicionais que colorem os céus das cidades trazem preocupação para os setores de distribuição e transmissão de energia, porque podem entrar em contato com a fiação causando desligamentos, com graves consequências para toda a população. Além disso, há perigo de acidentes com as pessoas. No ano passado, a Copel registrou cinco casos envolvendo balões nas linhas de transmissão, todos na Região Metropolitana de Curitiba. Já nas redes de distribuição que levam a energia até os consumidores finais, as ocorrências são muito mais comuns do que se imagina: foram 1.908 casos registrados com balões na área de concessão da Copel, no ano passado. Outros seis mil foram causados por outros objetos em contato com a rede, principalmente as pipas. No início de junho, uma linha de transmissão operada pela Copel em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, que permite o escoamento da energia gerada por grandes usinas no Norte e Centro-Oeste, foi desligada para retirada de um balão que colocava a rede em risco. A situação causou 20 horas de interrupção do fornecimento. O prejuízo desse tipo de situação pode chegar a quase quatro milhões de reais, valor equivalente à indisponibilidade da linha para o sistema. Neste período em que o Brasil enfrenta uma crise hídrica e que as grandes linhas de transmissão são essenciais para permitir que a energia chegue a todas as regiões do país, a gravidade de ocorrências como essa é ainda maior. O gerente de segurança do trabalho da Copel, Alessandro Maffei da Rosa, alerta que, além de desligamentos, o contato destes objetos com a rede pode provocar acidentes. // SONORA ALESSANDRO MAFFEI DA ROSA //
Soltar balão no Brasil é crime previsto no Código Penal, devido ao risco para a segurança do transporte aéreo, com previsão de pena que varia entre seis meses e 12 anos de detenção. A atividade também configura crime ambiental, com tempo de reclusão de um a três anos, além de multa. (Repórter: Gustavo Vaz)