Consórcio com braquiária mantém produtividade do milho, em Iracema do Oeste
09/07/2020
Neste ano a região do município de Iracema do Oeste ficou mais de 50 dias sem chuvas consideráveis, entre março e maio, justamente quando o milho safrinha precisava de água para se desenvolver. Mesmo assim, alguns produtores conseguiram manter a produtividade da lavoura. O que ajudou foi o consórcio do milho com a braquiária, uma técnica difundida na região pelos extensionistas do IDR-Paraná, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná Iapar-Emater. Alguns produtores começaram a se interessar pelo consórcio do milho safrinha com a Brachiaria depois de participarem do dia de campo promovido pelo IDR-Paraná. Muitos estavam sofrendo com as ervas daninhas. Antes de plantar o milho, costumavam deixar as áreas com mato. No entanto, aos poucos nem mesmo os herbicidas se mostraram capazes de controlar a buva e o capim amargoso. Eles viram na braquiária a possibilidade de ter uma cobertura vegetal de fácil manejo que pudesse ser consorciada com o milho safrinha. De acordo com o IDR-Paraná, um dos efeitos do consórcio é que depois que a braquiária ocupa a área as ervas daninhas não têm acesso à luz do sol, necessária para a germinação de suas sementes. A cada ano diminui a infestação da buva e do capim amargoso na área com o consórcio. Em quatro anos é possível ter um ambiente mais equilibrado e sem problema com ervas daninhas. Mas, é preciso fazer a aplicação de herbicida no momento adequado para que a braquiária forme uma cobertura sobre o solo e não concorra com o milho. Outra vantagem do consórcio é que, como a braquiária não tem talo, a planta não dificulta a colheita mecânica. E depois que se aplica o herbicida na lavoura, a raiz da braquiária se transforma num canal para levar água para o solo. (Repórter: Amanda Laynes)