Concentrada na Região de Curitiba, produção de amora dobrou em dez anos no Paraná

14/12/2023

A produção de amora dobrou nos últimos dez anos no Paraná, passando de 347 toneladas em 2013 para 694 toneladas em 2022. A área plantada também cresceu e ocupava, no último levantamento feito no ano passado, 96 hectares, 28% superior aos 75 hectares de uma década atrás. Em Valor Bruto de Produção, o VBP, a fruta contribuiu com 6 milhões e 800 mil reais em 2022. A análise sobre essa cultura é apresentada no Boletim de Conjuntura Agropecuária relativo à semana de 8 a 14 de dezembro. O documento, preparado pelo Departamento de Economia Rural, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, traz também informações sobre outras atividades agrícolas e pecuárias. Os dados apontam que a produção estadual de amoras está concentrada na Região Metropolitana de Curitiba, responsável por 38,9% das 694 toneladas. Já em termos de área, a liderança fica com Prudentópolis, no Centro-Sul do Estado, que planta em 7 hectares, ou 7,3% do espaço total do Estado. A fruta é cultivada com valor comercial em 54 municípios paranaenses, destacando-se a produtividade de Paula Freitas, no Sul do Estado, que em 2022 cobriu 5 hectares de terras com a rosácea e colheu 65 toneladas. O VBP municipal referente à amora foi de 640 mil e 250 reais. No município vizinho, de Paulo Frontin, a produtividade foi um pouco menor, somando 30 toneladas em 6 hectares. Mas a cidade vislumbra um bom futuro para a cultura. Tanto que o município promove desta quinta-feira até domingo a 1ª Festa Nacional da Amora e o 1º Encontro da Cultura da Amora Preta. O evento terá participação de vários técnicos do Sistema Estadual da Agricultura, entre eles o analista de frutas do Departamento de Economia Rural, engenheiro agrônomo Paulo Andrade, que fala sobre o cenário da amora preta e framboesa. // SONORA PAULO ANDRADE //

O boletim apresenta ainda um panorama do feijão, que teve o plantio dos 113 mil hectares encerrado na semana. A fase predominante no momento é o enchimento de grãos. No entanto, as condições de desenvolvimento não são das melhores, ainda em decorrência das chuvas entre outubro e novembro. Para o trigo, a quebra de safra resultante das condições climáticas fez com que os preços recebidos pelos produtores pela saca subissem de 50 reais e 99 centavos em outubro para 63 reais e 72 centavos em novembro. O boletim também fala sobre bovinos e frango. Saiba mais em www.aen.pr.gov.br. (Repórter: Nathália Gonçalves)